Cláudia Wild =A Rede Globo, como sempre, prestando seu desserviço ao país, trouxe um programa televisivo vergonhoso – de mensagem nada subliminar -, glamourizando um país que viola, despudoradamente, todos os direitos humanos do seu povo: o Irã.
No programa
“Globo Repórter”, a eterna jovial Glória Maria com seu
rotineiro otimismo, para narrar ditaduras e regimes opressores,
apresentou um país só visto nos contos de fada, onde todos são
felizes dentro do maravilhoso sistema em que vivem. Como se aquilo
fosse algo corriqueiro e respeitável, apoiando-se no mantra “é a
cultura deles”, forçando seu telespectador a acreditar nas
maravilhas do fundamentalismo islâmico e seus déspotas, de forma a
torná-lo palatável aos olhos e sentidos dos incautos brasileiros.
A antiga
Pérsia, hoje República Islâmica do Irã, que tem passado
histórico-cultural riquíssimo, foi transformada em um verdadeiro
filme de terror. Uma das civilizações mais antigas do mundo e de
indiscutível importância. Desde seu Reino de Eslam, em 2800 a.C.,
passando pelos Império Aquemênida; Império Sassânida; Império
Safávida; Revolução Constitucional Persa de 1906, que instituiu o
primeiro parlamento da nação até chegar à famigerada Revolução
Iraniana de 1979 – aquela que impôs uma brutal teocracia,
derrubando todos os avanços que o país havia conseguido, que hoje
em nada justificam a alegria e empolgação narradas pela jornalista.
O Irã é
um país que vive de um regime autoritário, sem civilidade e muito
violento. País que criou milícias ferozes para alimentar suas
inimizades com países do mundo árabe, instigado por divergências
doutrinárias do islã xiita (seguido por mais de 92% da população).
País regido com mão de ferro por bizarros aiatolás e generais
sanguinários, que, por exemplo, negam o Holocausto, ameaçam “varrer
Israel do mapa”, treinam, fazem parcerias com grupos notoriamente
terroristas (como o Hezbollah e Hamas) e amaldiçoam a maior
democracia do mundo: os Estados Unidos. Um regime ditatorial sem
quaisquer compromissos com a liberdade ou com a democracia – aliás,
palavras proibidas na republiqueta dos aiatolás. Regime inclusive
que foi muito bajulado e tratado como preferencial pelos nossos
humanistas (de araque), conhecidos como ‘progressistas’ da
esquerda brasileira – aqueles que juram defender as minorias e
direitos humanos.
Entretanto,
o que a festiva Glória Maria nos mostrou a realidade desmente. Ela
vendeu um país imerso na alegria de um povo livre e afortunado, o
que constitui uma inverdade inexplicável.
O atual
regime iraniano é condenável sob todos os aspectos da
respeitabilidade humana. O país é um notório violador de direitos
humanos, o que já foi inclusive reconhecido por diversas Comissões
da ONU e mostrado em documentários sérios e independentes. No país,
apesar da existência de uma Constituição estabelecendo direitos
fundamentais e garantias legais, na prática, o que se vê é a
covardia de uma tirania islâmica.
Um país em
que o judiciário não é minimamente soberano e atua para satisfazer
as vontades do Líder Supremo. Em que, na verdade, inexistem
garantias processuais. Onde provas forjadas e confissões feitas sob
coação são legais e admitidas pelos tribunais.
O país tem
o islã como religião oficial e constitucionalmente admite outros
credos (Art. 12 da Constituição Iraniana), mas que persegue todas
as minorias religiosas. É um dos países do mundo que mais persegue
cristãos e judeus.
Apesar da
constituição iraniana, em seu artigo 175, garantir a liberdade de
expressão e de pensamento, o imposto pelos aiatolás é exatamente o
contrário. Existe um rigoroso controle de seus jornalistas, há
proibição para a imprensa estrangeira filmar ou fotografar o país
– a própria Glória Maria, num momento de verdade, conta que
demoraram meses para receber a autorização de filmagem. Lugar onde
a intimação e detenção de jornalista é comum, onde notícias são
censuradas e só é publicado o que é permitido e conveniente ao
regime teocrático. Um país no qual antenas parabólicas são
proibidas e confiscadas pelo governo. O regime determina também o
controle absoluto da internet.
Uma
República teocrática em que mulheres não têm praticamente direito
algum. Em que a violência doméstica e o estupro são tolerados.
‘Paraíso islâmico’ que obriga mulheres a usarem o hijab em
locais públicos, sob pena do pagamento de multa e chicotadas, caso
sejam reincidentes. Um país que não admite o estupro dentro do
casamento, pois o sexo é uma obrigação e não pode ser negado ao
marido.
Segundo um
estudo da Universidade de Teerã, datado de 2012, no Irã, uma mulher
é agredida a cada 9 segundos. Lá o divórcio só é permitido se o
marido concordar, mas ele, marido, pode se divorciar sem apresentar
qualquer motivação. País onde mulheres ganham 4,5 vezes menos do
que homens (relatório do Global Gender GAP-2012) e que tem apenas
20% de força de trabalho feminino. Dentre 135 países pesquisados, o
Irã teocrático ocupa a 127ª posição na igualdade de tratamento
entre homens e mulheres.
As mais
precárias prisões brasileiras, se comparadas com as do Irã, podem
ser chamadas de hotéis com regras estabelecidas, pois lá, presos
são torturados, espancados, estuprados e queimados com cigarro.
Nesses locais, presos são também obrigados a ingerir fezes, têm
suas unhas removidas, são privados do sono e tomam surras diárias.
No Irã, não há a garantia do devido processo legal, admitindo-se
“Tribunais Revolucionários”- em que juízes adotam para réus as
penalidades que bem quiserem de acordo com a rigidez do ordenamento
de suas crenças.
Nesse
sentido, o uso da flagelação e da amputação é considerado pelo
governo apenas como um “método de punição” e jamais uma
caracterização de tortura.
Os presos
políticos do Irã sofrem a chamada “tortura branca” e também
violações inacreditáveis, conforme mencionado no relatório da
DRL, da Comissão da Terceira Assembleia da ONU de 2012. Para se ter
uma ideia dos absurdos sofridos, de 2002 a 2012 foram prolatadas
3.766 sentenças condenatórias determinando a flagelação de
condenados.
O país tem
forças de segurança corruptas e ineficientes que usam e abusam da
tortura, e o governo finge sistematicamente não enxergar.
Um país
que impõe a pena de morte para homossexuais – obrigados a adotar
absoluta discrição para sobreviverem, caso contrário, são
executados. Um ‘paraíso’ em que não é permitido qualquer
demonstração pública de carinho. O Irã feliz e satisfeito
mostrado pelo jornalismo global é uma farsa. O povo vive em uma
repressão absurda, e não no mundo encantado mostrado por Glória
Maria.
Tentar
relativizar um regime despótico, corrupto, beligerante, atrasado e
cruel é de uma desonestidade assustadora. Parece que a referida
emissora de televisão quer mostrar as maravilhas do islã e seus
fantásticos regimes ditatoriais.
Como podem ver… os
“encantos” dão lugar ao que há de mais opressor e degradante na
humanidade. A desinformação de dona Glória Maria e de sua equipe
só perdem para o cinismo quase naïve da jornalista, que, ao
degustar um simples pepino, retrucou: “maravilhoso”. Como se
pepino não fosse pepino no mundo inteiro. Não venha tentar nos
vender esse pepino, dona Glória.
5 de janeiro de 2020
Parabéns a Graca Leal Ladeira por este Excelente artigo! Recomendo a leitura dele a todos!
ResponderExcluirFeliz 2020.Este ataque dos EUA foi programado e investigado sobre varios ataques que matou Americanos.Lamentavel o tal de terrorismo radicais que usam o Alcorao inclusive partes que diz matai os seus inimigos.
ResponderExcluirLastimável.
ResponderExcluirÉ isso que a esquerda brasileira também defende.
ResponderExcluirNada mais do que a notória HIPICRISIA E DEMAGOGIA DAS ESQUERDAS CORRUPTAS E SUAS MÍDIAS CÚMPLICES.
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