sexta-feira, 23 de julho de 2010

O QUE OS ANIMAIS NOS ENSINAM.





Minha filha herdou do avô materno, o amor e a consciência ambiental e esta consciência a torna sensível a tudo que se refere à vida, tanto animal quanto vegetal. Foi cursar Biologia na UFMG com o objetivo de salvar vidas e espécies.

Certo dia, no banheiro, próximo a um dos estabelecimentos bancários dentro da UFMG ela ouviu miados de filhotes de gatos, e estes vinham do Banco. Imediatamente ela foi saber o que estava acontecendo. Lá dentro ela ficou sabendo que uma gata criara, acima do rebaixamento de gesso e que já haviam tentado retirar os filhotes, mas só conseguiram pegar a mãe que iria ser sacrificada caso ninguém quisesse ficar com ela. Minha filha me ligou e concordei em adotá-la. Primeiro obstáculo resolvido, mas e os filhotes? Os vigias do Banco e da UFMG, inexperientes, não conseguiram retirá-los e já havia um morto e o mau cheiro já impregnava aquele espaço pequeno e abafado.

Para resolver o caso, só havia uma pessoa experiente e há trinta anos, lidando com casos como este em Belo Horizonte, nosso amigo Franklin. Fizemos contatos, narramos os fatos e ele, prontamente se dispôs a ajudar.

No outro dia, tudo previamente combinado com a agência bancária, fora do horário de atendimento, chegamos, como se faz, em operação de resgate. Franklin com sua enorme caixa de medicamentos, cambão e apetrechos para salvamento. Eu com soro, cobertor e mais medicamentos. Minha filha trazia na caixa de transporte a gata-mãe. Os vigias e funcionários nos observavam, atentos.

Franklin, subiu numa escada fez uma abertura no teto, colocou uma coleira com uma guia comprida na gata, introduziu-a pela abertura e deixou-a ir atrás de seus filhotes. E ela mostrou direitinho onde estavam. Um, infelizmente, já estava morto e o outro, havia caído numa calha de gesso que chegava ao chão do local onde estávamos. Franklin quebrou o gesso, na base, e resgatou o filhote que se encontrava, certamente, há muitos dias, sem alimento. Estava muito feio, desidratado e com os olhos cheios de pus. Imediatamente, fomos levá-lo para nosso grande amigo veterinário, Dr. Marcos, para que se fizesse a hidratação. Após, o trouxemos para casa. Infelizmente ele não resistiu. Restou a mãe

Ela deveria ter apenas três meses e havia sido sua primeira cria porque suas tetas mal apareciam. Seu pêlo era espetado e era magrinha.
Hoje, ela está linda. É toda negra com os olhos amarelos, o pêlo brilhante e sedoso. Temos outros gatos e cada um tem sua personalidade. Dejavu-nome escolhido por minha filha e colegas estudantes da UFMG- acho que pelo convívio com muitos destes estudantes é super dócil e sociável. Quando temos visitas, os outros três gatos fogem assustados. Ela não, ela se aproxima, docilmente, e aceita carinhos. Ela tem um porte imponente e sereno. Escala as cortinas, passeia pelos altos dos móveis como se fossem árvores. E, com sua meiguice, cativou até meu marido, que não tem muito simpatia por animais, mas já convive com ela que, aos poucos, conseguiu até dormir na sua cama. Cativou também, meu filho, mais velho, que como é muito estouvado, entra em casa batendo portas e assustando os outros gatos, que fogem desesperados.

Eu sempre o advirto: “filho, seja menos brusco, entre e saia mais tranquilamente”. Embora ele tentasse aproximar-se dos outros três, não adiantava, os gatos, ao pressentirem sua presença fugiam apavorados para esconderem-se no primeiro buraco que encontravam. Eu percebia que ele ficava desolado porque queria estar com eles. A Dejavu, acabou com o trauma dele. Começou por dormir em sua cama, a ficar em seu quarto até deixar-se ser acariciada e finalmente, ficar no seu colo.

Sinto que esse contato da gata com ele, tranquilizou-o e ele agora, com ela, no colo, fica me mostrando e dizendo: “Viu como ela gosta de mim?”Eu sempre o advertia, quando via os gatos se desesperarem na sua presença:” A compaixão pelos animais demonstra bondade de caráter. Quem é cruel com eles, não pode ser um bom homem.” Embora ele nunca tivesse feito mal aos outros, alguma coisa nele os afastavam, e isso o atormentava. Dejavu com sua mansidão, aproximação e carinho, acho que ajudou-o a superar o trauma da rejeição dos outros felinos.

Os Sentidos dos Gatos
"Gatos são animais independentes, que gostam de estabelecer contato e não gostam da aproximação de estranhos. Eles também não gostam de movimentos bruscos ou de muito barulho. E não é verdade que sejam "falsos" ou "traiçoeiros". É preciso aprender a entendê-los e a respeitar seus desejos e independência. Quando isso acontece, um relacionamento com um gato pode ser algo muito especial, harmonioso e profundo".

O especialista comenta que uma pesquisa recentemente realizada por ele comprovou que os gatos podem ajudar as pessoas a vencerem estados depressivos. "Sabe-se que donos de gatos são menos depressivos, mais extrovertidos e têm menos medo do que antes de serem proprietários desses animais". Outro aspecto comentado por Turner é que, diferente da relação cão-homem, "que historicamente é baseada na dominação e subordinação, a relação homem-gato baseia-se em um "dar e receber" entre as duas partes e no respeito mútuo entre um e outro, incluindo as próprias necessidades e desejos do gato".
DENNIS TURNER
Autor de “O Gato Doméstico – A Biologia de seu Comportamento”, ainda não editado no Brasil e considerado o principal livro já escrito sobre felinos.
Fonte: www.arcabrasil.com.br
Afeto
“O bichano se afeiçoa muito às pessoas que lhe dão carinho, porém, por serem animais muito inteligentes, não se doam mais para as pessoas que não sejam sinceras com eles. Eles são dotados de extraordinária sensibilidade e percebem com extrema facilidade as pessoas que querem conquistar a sua amizade. Várias celebridades no mundo, pessoas de inteligência acima do normal, têm e amam seus felinos. Geralmente músicos, poetas, escritores, e grandes pensadores têm felinos e os compreendem.”

Gatos bem cuidados podem viver mais de 15 anos.
CASTRAÇÃO PRECOCE
Cães e gatos, machos e fêmeas, podem ser castrados a partir de 2 meses e devem ser castrado antes dos 5 meses.
Saiba mais. Acesse: www.gatoverde.com.br

Para castrar seu animal entre em contato com:
Centro de Controle de Zoonoses-Rua Edna Quintel,173-São Bernardo, Belo Horizonte
(31) 3277-7411ou 3277-7411
Regional Noroeste-Rua Antônio Peixoto Guimarães,33-Caiçara BH (31)3277- 8448
Regional Oeste- Rua Alexandre Siqueira, 375 –Salgado Filho-BH (31) 3227 7576

TRAVESSURAS DO NOSSO GATO.







Dentre os quatros irmãozinhos ele destacou-se por ser o maior, o mais branquinho, ter longos pêlos e olhinhos azuis. Mais tarde apareceram nos pêlos, o tom cinza e constatamos ser ele um mestiço de siamês. Passamos a chamá-lo de Fofão ou Fofinho.

Como todo gato, ele e os demais gostavam de pular a janela, já que moramos no térreo, para tomar o sol da manhã, da tarde e namorar à noite. Mesmo castrados, atraíam outros gatos que faziam aquela serenata! Nem precisa dizer o quanto incomodavam a vizinhança. Além disso, tinham os cocôs e xixis que faziam no pátio e em algumas garagens.

Eu não tinha coragem de tirar-lhes a liberdade de ir vir. Até que um fatídico acontecimento, me fez rever todos os meus conceitos.

No prédio onde moramos havia um apartamento desocupado. Na janela deste apartamento, havia umas jardineiras com azaléias. Fofão acostumara-se a tomar sol atrás delas porque se sentia protegido.

Pouco depois, mudou-se para este apartamento um casal recém-casado. Como eles trabalhavam o dia todo, Fofão continuava sua rotina, tranquilo, dormindo naquele mesmo local. A faxineira aparecia, uma vez por semana, para cuidar deste apartamento.

Certo dia, Fofão não voltou para casa, ficamos aflitos. Fizemos anúncios com a foto dele, colocamos na internet e espalhamos por todo o bairro. Só não pusemos nos quadros de avisos, do nosso condomínio porque temíamos que a vizinhança achasse bom o sumiço, já que a implicância era geral.

Após cinco dias, outra minha vizinha, assustada, me chamou mostrando um gato que estava na divisa do apartamento dela com o apartamento das azaléias. Fui correndo ver. Gente! Era o meu gato! E o pior estava por vir!

Aquele casal recém-casado era da área médica e tinha ido fazer estágio, literalmente, na China. Certo dia, em que a faxineira viera fazer a faxina semanal, ao sair, não notara que o gato, provavelmente, assustado, adentrara no apartamento. Após cinco dias, ali preso, com fome e sede, felizmente, ele achara um buraco num vidro quebrado, na porta dos fundos e pulara pro muro de divisa com o apartamento desta minha vizinha, de lado.

Precisava, agora, localizar o telefone da faxineira para que viesse abrir a porta do apartamento. Para complicar mais a história ela morava bem distante. Quando ela chegou e abriu a porta, espanto geral!

Aquele apartamento de recém-casado, todo novo e mobiliado com o que havia de melhor, fedia a urina e fezes. Na sala havia um lindo estofado de veludo amarelo, cortinas de voal e um carrinho de chá, cheio de peças de porcelana bacará, certamente, presentes de casamento. O gato, desesperado para sair, com sede e fome, tentando abrir a janela ,felizmente, só desfiou as belíssimas cortinas, poupando tudo o mais o que me fez agradecer a Deus porque estas porcelanas , caríssimas,estavam bem próximas das cortinas.

Na 2ª sala, porém, ele urinou e defecou nas almofadas do sofá e novamente, tentando escapar pela janela, retorceu toda a persiana, importada.

Os que viram os estragos, ficaram chocados e eu, além de chocada, em apuros!
Liguei, imediatamente, para nossa amiga, advogada , Mª Amélia, para saber o que fazer. Ela me aconselhou, para não piorar a situação, a arcar com todos os prejuízos, já que eu era proprietária do felino.

Conclusão: fui ao endereço onde haviam sido confeccionadas as cortinas e sido compradas as persianas , numa das mais caras lojas, no bairro de Lourdes, encomendei e paguei por outras novas. Graças a Deus, as almofadas da segunda sala que eram de tecido e removíveis, levei-as para lavar, na Eureka. Total da brincadeira: dois mil reais.

E a história ainda não tinha terminado: meu marido era o síndico do prédio, nunca apoiara os gatos, esbravejou para que sumíssemos com eles que na verdade eram de minha filha com minha simpatia. Ficamos sofrendo, não iríamos doá-los já que estavam conosco desde filhotes e nós os amávamos. A solução foi levá-los para a casa de meus pais, já falecidos, em Barbacena e iríamos visitá-los, quando pudéssemos.

E assim foi feito. Mas, meus irmãos, que cuidavam da casa de Barbacena, deixaram outros gatos que já havia lá, irem reproduzindo-se e já contavam duas dúzias . Nossos gatos, criados com todo o conforto, com medo dos outros, passaram a se esconder, no emaranhado de madeiras do porão ou nas cinzas de um fogão desativado.

 Quando fomos visitá-los, da primeira vez, estavam sujos, magros e assustados. Choramos e decidimos trazê-los de volta e enfrentar os xingamentos e o que mais viesse pela frente. Os trouxemos e os escondemos no quarto de minha filha. O quarto é muito espaçoso com uma janela de dois metros.

Então, o que fiz foi o que deveria ter sido feito quando ganhamos os felinos. Na ausência de meu marido, coloquei tela na janela deste quarto por onde eles saíam. Mas, meu marido, logo desconfiou, quando chegou do trabalho e viu a porta do quarto fechada e ouviu miados. Ficamos aguardando o pior mas ao ver que os gatos não circulariam mais pelo pátio, conformou-se.

Nas demais janelas que dão para a rua, meu marido não deixou telar alegando que descaracterizariam o prédio, embora as telas, de arame, fossem quase invisíveis.

Assim sendo, à noite, em tempos de aquecimento global, ficamos com as janelas fechadas, para que os gatos não saiam. Tudo pelo bem-estar dos felinos mas continuamos com os quatro.: Madona , Guruguru, Dejavu e Fofão.Cada um tem sua personalidade e sua história que também, estou escrevendo-as.

Por agora, termino contando a do Fofão que é um gato lindo! Quando me vê comendo mamão, fica de pé, com as patas na beira da pia, miando desesperadamente, até que o sirva. Já pelas carnes ele não expressa nenhum desejo, certamente,influência da convivência conosco que somos vegetarianas.
Gatos bem cuidados podem viver mais de 15 anos.
Graça Leal /adocaobh@gmail.com

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Notícias do Bazar Francisco de Assis (divulguem, por favor!)

Colete e a cadelinha Maria
Agora em novo endereço: Rua Aquidaban, 635, esquina com Castigliano – Padre Eustáquio. Reiniciamos nessa segunda-feira, dia 13/07/10 em parceria com a Ong Cão Viver, Maria Irene e eu Graça Leal Por favor, visitem, comprem e divulguem no nosso Bazar. Continuamos recebendo doações. Inúmeros animais estão sendo beneficiados com sua ajuda. Funcionaremos provisoriamente,às quartas, quintas, sextas e sábados das 13 às 19 Horas até que consigamos 5 voluntárias para cada dia que ajudarão nossas protetoras: Maria Irene, Cláudia Regina, Sandra Rosa,Colete e eu Graça Leal AGUARDAMOS CONTATOS DE QUEM POSSA NOS AJUDAR COMO VOLUNTÁRIAS. Agradecemos, antecipadamente. São Francisco ilumine nossos passos.

Nessa oportunidade faço um apelo em nome da protetora Colete que tem 20 cães e está construindo seu canto lá em Esmeraldas. Ela resgatou Maria, cadelinha usada como matriz por um comerciante explorador de cães. Mesmo com câncer a cadela ainda foi posta para procriar, depois que procriou o ordinário abandonou-a. Colete acolheu-a, mesmo sem muitos recursos. A cadela será operada. Colete está vendendo o pouco que tem para custear as despesas com o tratamento da Maria. Está fazendo lindos cachecóis em tricô por 15,00 e está vendendo também:
01- Casaco de couro do Sul marron tam. G – semi-novo- 150,00
01- Cristaleira de canto – antiga - 600,00
01- lustre-antigo 300,00
01-Vestido preto clássico de couro tam. M - 100,00
01-Calça de couro preta tam M -100,00
01-Conjunto short com top de couro tam. M -60,00
e outras peças.
Vamos ajudar mais esta protetora, que faz um maravilhoso trabalho – Fone: 3427-6754. End.: Rua Maria Cândida Cerqueira, 25 Santa Amélia.

ATENÇÃO:Todas as peças estarão no Bazar, (exceto a cristaleira e o lustre) onde já tem outras peças dela também, muito lindas.

Quem quiser ajudar a cadelinha Maria pode fazer depósito em nome de
Juliana de Almeida Abreu porque Colete não tem conta bancária
Cx Ec. Fed. Ag 0087 op 001 c 21. 875.0

O poema abaixo foi escrito por Colete, narrando a história de outra cadelinha,
que agora está bem, sendo cuidada por ela.

Poema para a cadelinha Clara

A tarde cai fria e entre bêbados e maltrapilhos,

Ambos esquecidos, dormem, na praça.

Clara, olhar perdido de uma cadelinha educada

Que algum dia teve um dono.

Embolada, machucada, suja, prenha, faminta e carente

Espera um pouco de atenção.

Que alguém se lembre que tem fome e sede.

Que quer um carinho, um cantinho, alguém que possa

Dela cuidar.

Como Clara há tantas, nas praças, nas ruas, nas avenidas,

Em todos os lugares, esperando que alguém desperte e os veja

E os amem e deles se compadeçam.

Assim como Clara, há tantas Serenas, Morenas, Akiras,Tininhas,

Pretinhas, Ninas, Bobs, Nicks, Kikas, perdidos pelas ruas,

esquecidos, famintos, sedentos de amor, de carinho,

esperando um gesto, um afago, um abraço.

O homem que procura no animal a beleza, a raça e o pedigree para amá-lo

Ainda não compreendeu o sentido do verdadeiro amor.

Adote um amiguinho!

Esta é uma história verídica da cadelinha Clara, que vivia com os mendigos

Em Venda Nova, perdeu os 8 cachorrinhos que esperava

Mas encontrou um anjo que agora cuida dela: a protetora Colette Schimit