A construção de uma cultura fundamentada na reformulação da relação ser humano e animais é um dos temas debatidos no Dia Internacional Vegano, que acontece nos dias 22 e 23 de novembro, das 14h às 22h, no CEFET MG, Unidade VI. Palestras, debates, vídeos e demonstrações culinárias em comemoração ao Dia Mundial do Veganismo, rememorado no dia 1°, fazem parte da programação do evento organizado anualmente pelo Núcleo de Libertação Animal Gato Negro. Veganismo é um termo cunhado em Londres, Inglaterra em 1944 por Donald Watson e outras seis pessoas que fundaram uma sociedade vegana, a primeira do mundo. O principal objetivo era distinguir-se dos vegetarianos, que deixam de se alimentar de produtos animais, como carne, ovos e leite. Os veganos vão além, boicotam testes em animais, as roupas de pele, couro, o mel, o uso de animais em entretenimento e outras facetas da exploração animal. De acordo com uma das organizadoras do evento, Fabiane Niemeyer, além de servir para difundir a prática do Veganismo, o encontro é uma ocasião apropriada para discutir preceitos éticos relacionados à saúde, ao meio ambiente, à políticas públicas e direitos dos animais. “Animais de inúmeras espécies são utilizados como objetos, ferramentas, máquinas biológicas para promover o lucro e aplacar a ganância humana. Antes de tudo, o Veganismo é uma postura ética e política baseada na consideração dos animais como seres livres e sencientes, capazes, como qualquer outro humano, de sentir dor”, enfatiza Fabiane.
Entre os convidados para essa edição do encontro está o advogado e mestre em Direito, Estado e Cidadania, pela UGF/RJ, Daniel Lourenço que abrirá o Seminário fazendo uma análise histórica sobre os direitos animais. Além disso,o encontro também conta com oficina de fitoterapia vegana e agroecológica, que terá à frente a fitoterapeuta Ana Cimbleris, mestre em Ciências Farmacêuticas (UFMG) e com mostra de curtas-metragens e animações sobre o Veganismo.
Os gourmets de plantão também poderão conferir deliciosos alimentos Veganos, sem nenhum ingrediente animal. “Os nossos espaços gastronômicos foram pensados para mostrar ao público visitante (seja ele adepto do Veganismo ou não) que a eliminação do consumo de derivados de animais em nosso dia-a-dia é possível e, além de muito mais saudável, é prazeroso também. A proposta é construir um relacionamento mais respeitoso e digno entre nós, animais humanos e não-humanos”, afirma Fabiane.
O que é veganismo?
Veganismo é a parte prática dos direitos animais, é deixar de usar os animais em todas as instâncias Na alimentação, torna-se vegetariano, isto é, deixa-se de de comer carne, ovos, leite, derivados, além de mel e corantes animais. Não se restringindo apenas à questão alimentar e boicota também produtos testados em animais e eventos onde animais são usados, como rodeios, vaquejadas, corridas com animais e circos com animais.
Em um movimento que sugere que devemos abolir o uso de animais não-humanos, o veganismo é uma base moral inegociável. O veganismo é uma ação direta, uma modificação no cenário de exploração e não apenas um meio de reduzir o sofrimento dos animais. É uma manifestação do princípio da abolição na vida do indivíduo, a partir do reconhecimento de que os animais não-humanos possuem valor inerente. É por isso que ao envolver princípios morais e políticos, se torna a mais importante forma de ação individual para uma mudança significativa. Ser vegano é uma ação simples, diária e contínua, porém pouco divulgada e esclarecida no Brasil.
O veganismo é uma grande ferramenta de mudança da escravidão animal persistente e generalizada, e só depende de você. Ser vegano e divulgar o veganismo às outras pessoas é essencial. Essa mudança de paradigma - e somente ela - poderá abrir caminhos para um cenário de libertação animal plena e completa. Não devemos depender da escravidão animal, do uso de seres capazes de sentir dor, como se fossem objetos que podem ser comercializados e se tornarem nossa propriedade. Esse ciclo precisa ser interrompido agora, na prática.
O quê?: Dia Internacional Vegano
Quando?: 22 e 23 de novembro, das 14:00 às 22:00
Onde?: CEFET MG. Unidade VI, Avenida Amazonas, 5855, Nova Gameleira. Belo Horizonte, MG.
Quanto?: entrada franca. Não é necessário inscrever-se.
Informações: (31) 9778-1368 e (31) 8722-4374
Sítio: http://www.gato-negro.org/diavegano
PROGRAMAÇÃO
Dia 22 (SÁBADO)
14:00 – 14:30
Abertura
14:30 – 16:30
Palestra: Direitos Animais, uma análise histórica.
Daniel Lourenço - Advogado (RJ) mestre em Direito, Estado e Cidadania (UGF/RJ).
16:30 – 17:00
Intervalo
17:00 – 19:00
Debate: Filhos e filhas veganos(as). Pais e mães veganos(as) discutem as dificuldades e felicidades do veganismo entre seus filhos(as).
Participação da nutricionista vegana Clarissa Barbosa (UFMG).
19:00 – 20:30
Perguntas e respostas: Tudo o que você gostaria de saber sobre direitos animais e veganismo, mas não tinha pra quem perguntar.
Participação:
Nutricionista vegana Clarissa Barbosa (UFMG).
Daniel Lourenço - Advogado (RJ) mestre em Direito, Estado e Cidadania (UGF/RJ).
Membros do Gato Negro
20:30 – 22:00
Exibição de curtas: Sinfonia Animal (sessão comentada com a presença do diretor Gustavo Torres - RJ),
A Life Connected e outros.
Dia 23 (DOMINGO)
14:00 – 16:00
Debate: Ativismo e Direitos Animais. Discussão entre grupos sobre as ações em Belo Horizonte. Grupos ALA-BH, Gato Negro e outros;
16:00 – 17:30
Oficina Fitoterapia vegana e agroecológica
Ana Cimbleris Alkmin - Fitoterapeuta e mestre em Ciências Farmacêuticas (UFMG);
17:30 – 18:00
Intervalo
18:00 – 20:00
Demonstração culinária: com os culinaristas Paulo Renato (Vegtuts e ALA-BH) e Milene (Oficina da Semente);
20:00 - 22:00
Atividade escolhida pelo público durante o evento.
Debates Gato Negro "Introdução aos Direitos Animais", "Direitos Animais e Bem-estar Animal", filmes e outros.
Durante todo o evento:
VeGrafitte - grafiteiros veganos irão montar um mural sobre direitos animais e veganismo. Conheça de perto essa arte que a cada dia conquista novos espaços;
Venda de deliciosos alimentos veganos, sem nenhum ingrediente de origem animal.
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