segunda-feira, 27 de maio de 2013

Gatinhos machos para adoção



Rajadinho para adoção, tem cerca de 7 meses, muito brincalhão, aceita outros gatos e crianças. 
Ele veio seguindo uma mulher com a criança até a porta do meu prédio.Vendo a faxineira a mulher alegou aquela velha história que não poderia ficar com ele.
A faxineira me chamou. É o que sempre digo: não vou andar na rua, olhando pros lados para procurar bichos mas cruzou o meu caminho, é meu dever que não vou empurrar nas costas de ninguém.
Coloquei para dentro, cuidei e agora está pronto para ser adotado para que eu possa acolher outros que, certamente, virão.
Pessoas sensíveis, que compreendem nosso trabalho e que queiram compartilhá-lo conosco podem me ligar: Graça Leal 8216-3969/3081-0833







 Filhotinhos com cerca de 3 meses, muito dóceis e brincalhões.Eram 5. Foram abandonados na porta de uma igreja do Bairro Ouro Preto.
Minha filha Fabíola os resgatou e teve todo aquele imenso trabalho que só sabe quem cuida de qualquer filhote sem a mãe mas relatei no texto abaixo:

http://adocaobh.blogspot.com.br/2011/01/o-valor-da-mamae-gata.html

Já doamos 3 faltam os 2 machinhos.

Contato Graça: 2514-3055/ 82163969

domingo, 26 de maio de 2013

EMOCIONANTE DEPOIMENTO DE UM PROTETOR!




Meus amigos,
Hoje passei por uma experiência marcante.
No início do ano, um cão de um mendigo foi atropelado. A Juliana Pereira, uma grande protetora de animais, resgatou o animal e o levou para a clínica veterinária da Lara. Foi devidamente medicado e seus ferimentos tratados e cuidados de forma impecável. Uma das patas foi bastante esfoliada. Seria necessário muito tempo para a recuperação. Como a clínica não tem condições de internação por período prolongado, ofereci-me para cuidar do cão, que passei a chamar de Pluto.
O Pluto é um cão adorável. Muito carinhoso e brincalhão. Ficamos muito afeiçoados um pelo outro. É também muito ciumento e dominador, tanto que assumiu imediatamente a liderança quando chegou, mesmo machucado. Havia outros seis cães no recinto. Dois machos e o restante fêmeas. Todos castrados.
O tempo passou. O Pluto se recuperou. Com isso, um dilema se instaurou. Devolver ou não o animal ao antigo tutor. Do ponto de vista ético, claro que deveria devolver.
Mas ele já estava tão apegado a mim e eu a ele, apesar de tutelar dezenas de outros
cães. Além do mais, tenho mais condições materiais para cuidar do Pluto do que o indigente conhecido na cidade como Trouxinha.
Ocorre que, sempre que cruzava com o Trouxinha nas ruas, via-o solitário. Isso me cortava o coração. Decorridos meses desde o acidente com o Pluto e seu antigo companheiro continuava só.
Há muitos animais abandonados na cidade. Achei que o Trouxinha logo adotaria outro animal e assim tudo estaria resolvido. Mas isso não ocorreu.
Presenciei tentativas do Trouxinha em estabelecer vínculos com outros cães mas, por razões que ignoro, não vingaram. Vi certo dia ele carinhando um cachorra, mas ela não deu bola. Isso partiu meu coração. Senti-me a pior das criaturas. No meu peito estourou o sentimento de culpa. Algo me dizia que eu havia roubado a única fonte de amor daquele ser humano rejeitado por seus semelhantes. Aquele cão era tudo para ele: carinho, companhia, amor, atenção e calor nas noites frias. Aquele com quem dividir as carências, sofrimentos, tristezas. Dividir também suas refeições. Sim, o Trouxinha é alimentado pelos comerciantes e moradores da cidade e dividia tudo com seu fiel companheiro.
Tudo isso pesava em meu coração.
Eu proporcionava ao Pluto abrigo, alimentação, segurança e um pouco de carinho. Digo pouco, pois eu tenho que distribuir carinho para os outros também.
Já o Trouxinha era todo para o Pluto. 24 horas por dia. Oferecia pouco em termos materiais, mas muito em atenção e amor. O que seria mais importante para o Pluto?
Diante dessa situação, com muito pesar, pois estava muito apegado ao cão, deliberei que caberia ao Pluto decidir com quem ficaria.
Agora à noite procurei o Trouxinha e lhe disse que seu cão estava recuperado. Indaguei-lhe se o queria de volta. Ele acenou com a cabeça que sim. Sua dicção é ruim, por isso a indicação da cabeça era necessária. Repeti a pergunta e ele novamente confirmou que deseja seu cão de volta. Pedi-lhe que não saísse daquele local pois iria buscar o cão.
Voltei para casa. Passei o Pluto para dentro. Dei-lhe uma farta refeição. Coloquei a coleira nele e lá fomos nós. Ele decidiria seu destino. Estaria diante de mim e seu antigo dono. Estaria nas mãos dele, ou melhor dizendo, nas suas patas, a decisão de ficar com um ou outro.
Fiquei apreensivo. O que ele faria?
Como seria o reencontro?
Qual seria a reação do Trouxinha?
Finalmente cheguemos ao local.
Foi uma das cenas mais emocionantes da minha vida. A poucos metros de distância, o Pluto reconheceu seu antigo companheiro e correu em direção a ele. Foi uma alegria contagiante. Pela primeira vez, vi o Trouxinha sorrir. O Pluto não parava de pular, lamber e brincar. Era a felicidade encarnada. Ambos não cabiam de júbilo.
Vi que estava sobrando. Dei um passo para trás, pedi ao Trouxinha que cuidasse bem do Pluto e falei para que ficasse com Deus. O Pluto me olhou de um jeito que expressava gratidão. Em nenhum momento ele sinalizou que voltaria comigo. Retornei com a face inundada de lágrimas.

Que lição esse cão me passou! Que amor!
Amor incondicional. Amor sem interesse.
Para o Pluto, não importa se o Trouxinha tem um teto, tem dinheiro, tem status, tem amigos, tem comida ou qualquer outro bem material. Para ele o que importa é a pessoa. Não importa o ter, mas o ser. Ele demonstrou que gosta de mim e é grato por tudo o que fiz por ele, mas ama seu tutor acima de todas as coisas.
Temos muito o que aprender com os animais.

Jorge Samuel