Aloísio Pimenta
O século 21 será sobretudo do feminismo, isto é, do predomínio das mulheres.Até agora os homens falaram e deram ordens. As mulheres ouviram. Todos nós sabemos, hoje, que o importante não é falar, mas ouvir. Deste nodo as mulheres desenvolveram a inteligência emocional mais do que os homens e, apesar da discriminação machista das sociedades dos séculos anteriores e do século 20, elas vêm galgando importantes posições na alta administração, no magistério, nas comunicações e, inclusive na magistratura, um dos redutos machistas de mais difícil penetração feminina em todo o mundo.
O Bureau de estatística do trabalhador dos Estados Unidos prevê que no ano 2005 as mulheres ocuparão 48% dos lugares de trabalho naquele país, incluindo-se posições de mando.Os cientistas sociais prevêem que a linha de comando dos homens no século 21 está em colapso, pois a evolução nas tecnologias da comunicação, a cibernética, os avanços sociais estão impessoalizando as de comando.Somente em um setor as mulheres ainda não avançaram e precisam fazê-lo. É na participação política. Claro que já tivemos lideranças femininas importantes no poder como Margareth Tatcher, na Inglaterra, e Indira Ghandi, na Índia, para citar somente estas duas. Mas falta uma massa crítica feminina nos parlamentos, na direção dos partidos e no poder executivo. É um problema de tempo. Essa ascensão da mulher exige maior atenção da sociedade, especialmente no apoio à mulher das classes menos favorecidas,e especialmente, nas universidades através de cursos de reciclagem que permitam às mulheres “quarentonas” e, portanto, muito jovens e com ampla experiência humana, depois de criar os filhos inserir-se no mercado de trabalho e em atividades de grande interesse social, econômico, político e cultural, assumindo o poder com os homens, sem oposição e sem discriminação.
Que os machistas ponham a “barba de molho”, porque o século 21 está aí e eles que se preparem para serem dirigidos por uma mulher, nas empresas, na política, no setor público e privado em geral.
Não é uma previsão, é um fato. Mas o século é dos homens também. Vamos trabalhar juntos e construir um mundo e, em nosso caso, um Brasil mais humano e menos desigual, com plena participação das mulheres em todos os setores das atividades dirigindo e sendo também dirigidas.
O Bureau de estatística do trabalhador dos Estados Unidos prevê que no ano 2005 as mulheres ocuparão 48% dos lugares de trabalho naquele país, incluindo-se posições de mando.Os cientistas sociais prevêem que a linha de comando dos homens no século 21 está em colapso, pois a evolução nas tecnologias da comunicação, a cibernética, os avanços sociais estão impessoalizando as de comando.Somente em um setor as mulheres ainda não avançaram e precisam fazê-lo. É na participação política. Claro que já tivemos lideranças femininas importantes no poder como Margareth Tatcher, na Inglaterra, e Indira Ghandi, na Índia, para citar somente estas duas. Mas falta uma massa crítica feminina nos parlamentos, na direção dos partidos e no poder executivo. É um problema de tempo. Essa ascensão da mulher exige maior atenção da sociedade, especialmente no apoio à mulher das classes menos favorecidas,e especialmente, nas universidades através de cursos de reciclagem que permitam às mulheres “quarentonas” e, portanto, muito jovens e com ampla experiência humana, depois de criar os filhos inserir-se no mercado de trabalho e em atividades de grande interesse social, econômico, político e cultural, assumindo o poder com os homens, sem oposição e sem discriminação.
Que os machistas ponham a “barba de molho”, porque o século 21 está aí e eles que se preparem para serem dirigidos por uma mulher, nas empresas, na política, no setor público e privado em geral.
Não é uma previsão, é um fato. Mas o século é dos homens também. Vamos trabalhar juntos e construir um mundo e, em nosso caso, um Brasil mais humano e menos desigual, com plena participação das mulheres em todos os setores das atividades dirigindo e sendo também dirigidas.
–Adaptação:Opinião-Hoje em Dia-20/09/98
Que Mulher é esta?
Por Lucilia Panisset Travassos
Que mulher será esta que se mostra agora,
que já fuma e até bebe,
fala alto na rua,
que faz passeata,
que canta, que ri,
que já não fica em casa,
estuda até tarde
e pilota sua moto daqui para ali?...
Que mulher será esta que aparece na TV, nos jornais,
que governa países
e até já viaja
em naves espaciais?...
É mulher liberada,
mutante, talvez,
criação renovada
que de novo se fez?
Serão iguais à mulher que trabalha no campo,
na indústria, em comércio,
que seus filhos em casa, em creches, escolas
tem que diariamente, deixar
e, que, cansada, já em casa de volta,
ainda precisa lavar e passar?...
É a mesma que, triste,
se deixa prender e se frustra, não luta,
não se faz entende,
ou a que submissa
se deixa mandar
e que passa uma vida
sem se realizar?...
Seja lá quem for ela,
Fernanda ou Maria,
que mensagem teria
para o filho, o amado,
o irmão ou o amigo,
para o homem, enfim?
“Acredito”, diria “que meu tempo chegou,
mas não quero vencê-lo...
Quero só os direitos
que até aqui me negou
Não siga na frente – eu já posso alcançá-lo!
Não me deixe p’rá trás – poderei dominá-lo!
Ande assim, compassado
pois nós juntos, unidos,
mãos nas mãos, lado a lado
de amor bem munidos,
buscaremos a paz,
a harmonia perdida,
encontrado com ela
o valor desta vida!”
Extraído de “A Gaivota” nº 85/novembro 1986