segunda-feira, 26 de julho de 2010

A história de Fred & Frida, Yin & Yang





Já há algum tempo Fred & Frida vêm fazendo parte da minha vida, ainda que de longe. Desde o nosso primeiro encontro, meu ritual diário a partir do momento que chego do trabalho mudou em função deles. Fred & Frida foi o nome que dei a um casalzinho especial. Dois gatinhos lindos, de pêlo reluzentemente negro. Olhos amarelos que brilham no escuro

.

Por causa deles não apenas minha rotina mudou. Precisei encontrar força e criatividade para driblar vizinhos da rua e do prédio em que moro que são absolutamente contra a presença dos dois por aqui. A princípio, a implicância é puramente devido à aversão que os gatos, geralmente, provocam nas pessoas. Tenho observado que mesmo entre pessoas que dizem não gostar de cachorros, a presença dos caninos não gera tanta antipatia quanto a de felinos.

Eu mesma, até um tempo atrás, guardava uma certa distância dos felinos. Respeitava-os, tinha pena quando encontrava algum em situação de abandono ou de maus-tratos, mas, também tinha medo. Ainda hoje, não sei mesmo carregar um gatinho no colo. Tenho medo, medo de machucá-lo e medo que ele me machuque também.


Enfim, o fato é que Fred & Frida têm sido responsáveis pela minha revisão de (pre)conceitos que, a cada dia fica mais flagrante serem fruto de total ignorância de minha parte do comportamento dos felinos.


Uma de minhas grandes descobertas, digamos assim, é a de que gatos são capazes de reconhecer atitudes humanos de carinho e atenção a eles – assim como os cachorros. A diferença é que são sim mais independentes, menos carentes que os caninos. Fiquei encantada quando eles responderam a primeira vez – e desde então continuam a me responder – ao meu assobio, chamando-lhes para comer. Como disse acima, todos os dias, no mesmo horário, quando não há mais movimento de vizinhos circulando pelas áreas comuns do meu prédio, desço, levando a comida, ração e, de vez em quando leite para eles.

Também me encanta o fato de que eles adoram ração. Posso misturar um biscoitinho no meio que, no dia seguinte, o biscoitinho está lá intacto e nem um pingo de ração. Mas, amam leite. Leite e ração. Todos os dias tem lhes garantido um pêlo cada vez mais brilhante. Também estão mais gordinhos e tranqüilos.


Tão tranqüilos que puxam altos cochilos no jardim depois de comerem. De vez em quando também em cima dos carros da garagem – e aí é que está um dos argumentos usados pelos vizinhos. Dormem sempre juntinhos, em posição de Yin e Yang, enroscadinhos, sempre juntinhos. Independentemente de ela estar no cio ou não.

Os dois são companheiros inseparáveis para enfrentar a solidão do abandono, os perigos da rua, os riscos de serem vitimas de envenenamento ou de quaisquer outras sacanagens e crueldades a que o homem pode ser capaz de fazer com bichinhos indefesos a título de nada. Se bem que no caso de Fred & Frida, pelo menos, envenenados creio que não serão. Afinal, já sabem – e adoram – onde encontrar água, leite e comida livre de veneno. E são extremamente pontuais para se alimentarem – aliás, já começam a circular próximo do local onde coloco a comida bem mais cedo à espera da ração.


Os dois são muito ariscos. Não aceitam a aproximação. A minha aproximação é um pouquinho diferenciada. Como sabem que eu levo a comida, aceitam que chegue mais perto, mas ao menor sinal de minha parte de tentar tocar neles, eles batem em retirada. Frida é ainda mais arisca. E brava. O Yin, com jeito de Yang. Se insistir na aproximação, ela ameaça contra-ataque. Fred já é mais receptivo, quase aceita a aproximação, mas parece que é convencido por ela a afastar-se – embora nunca esboce qualquer atitude de ataque, pelo menos comigo. Quase aceita um carinho, um afago. O Yang, com jeito de Yin. Tão ariscos que sequer deixam-se fotografar, haja vista as tentativas frustradas que ilustram esta postagem.


Acho que Frida está numa posição de defesa, afinal, já deve ter passado por maus bocados na rua. É desconfiada e, penso que tem razões para tanto. Já deve ter sofrido, aliás, o nome que dei – Frida - pode até ter a ver com “sofrida”, ainda que a principio não tinha pensado nisso para lhe dar o nome

.

Sonho com o dia em que consiga convencer alguém de confiança a levar Fred & Frida, juntos, para uma casa. Um lugar onde tenham não somente comida, água e leite, mas, sobretudo, afeto, um cantinho quentinho para tirar as sonequinhas habituais do jardim, sempre juntinhos, inseparáveis, em posição Yin e Yang, seguros, protegidos pelo amor entre eles e dedicado a eles.


Bichos de Companhia
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Um flog e um blog de notícias do mundo dos Pets
Jornalista responsável: Nádia Santos

7 MITOS SOBRE OS GATOS

A folga de nossos gatinhos tomando sol, na janela com telas: Guruguru,Fofão,Dejavù falta a Madonna


1. Gatos têm sete vidas

A lenda deve ter surgido por causa das habilidades especiais dos felinos. Ágil e elástico, o gato não é uma presa fácil. Tem um grande senso de equilíbrio e sabe girar o corpo no ar para cair quase sempre sobre as quatro patas. Mas não se engane: uma queda da janela do seu apartamento pode ser fatal.

2. Gatos não precisam de cuidados

O gato é mais independente que o cachorro. Mas, como todo animal doméstico, precisa de alimentação regular, instalações limpas, visitas ao veterinário - e muito carinho.

3. Gatos são cruéis

Gatos conseguem girar as patas dianteiras de modo que a parte de baixo fique voltada para dentro. Eles utilizam essa habilidade para "brincar" com sua caça, jogando o infeliz ratinho de uma pata para a outra. Parece sadismo, mas é só um comportamento instintivo.

4. Gatos não aprendem nada

Com paciência, carinho e alguma técnica, pode-se ensinar um gato a atender quando chamado pelo nome. O bichano também é capaz de aprender truques simples.

5. Gatos têm asma

Seu bichano pode sofrer de asma ou bronquite, mas essas doenças não são comuns a todos os gatos. Ocorre que quem não está acostumado com o ronronar característico do felino doméstico às vezes imagina que ele tem problemas respiratórios. Há também quem pensa que o gato provoca asma. Crendice sem fundamento. Pessoas asmáticas, no entanto, podem ter crises alérgicas em ambientes compartilhados com gatos. A substância que detona essas crises está na saliva do bichano.

6. Gatos gostam da casa, não do dono

Calúnia! Gatos são animais extremamente afetivos e adoram seus donos. Há inclusive casos, embora mais raros do que entre os cachorros, de gatos que sofrem de ansiedade da separação: ficam angustiados quando o dono sai e se põem a destruir a casa.

7. Cães e gatos são inimigos


Um lulu criado sem a companhia de um bichano talvez ataque o gato malandro que entrar em seu território. Mas não é uma implicância particular: a mesma agressividade seria demonstrada diante de um gambá, por exemplo. Cachorros não são predadores naturais dos gatos. Criados juntos, eles aprendem a conviver socialmente.