sábado, 2 de janeiro de 2021

A FARSA POR TRÁS DA COVID

 Texto de Octavio Caruso :

O novo ano começou, não há muito o que festejar, estamos vivendo a FARSA mais grotesca de todos os tempos, mas, enquanto vocês seguem desrespeitando qualquer noção básica de raciocínio lógico brincando perigosamente de "o mestre comunista chinês mandou...", eu vou comentar algo recente que com certeza a imprensa tradicional não vai mostrar.

Nigel Farage, político britânico, líder do Partido Brexit, publicou hoje em suas redes sociais um vídeo em que afirma com lucidez que é fundamental para o futuro do mundo livre PARAR OS ESFORÇOS TOTALITÁRIOS DA DITADURA COMUNISTA CHINESA. Já o ditador chinês, em festivo discurso de Ano Novo em rede nacional de televisão, celebrou OS AVANÇOS IMPRESSIONANTES do seu país em 2020, afirmando que "foi a única grande economia a registrar crescimento", relembrou também que 2021 marcará o aniversário de 100 anos do partido comunista. Será que VOCÊ consegue ligar os pontos?

Uma terceira guerra mundial sem tanques, bombas e soldados, apenas MEDO e TEATRALIDADE, sustentados por um esquema criminoso e desumano envolvendo os canalhas nas indústrias farmacêuticas, na classe médica e na imprensa. Uma massiva reorganização no tabuleiro político sem precedentes, destruindo (com grosseira fraude) os alicerces mais preciosos da História norte-americana, a queda de um império forjado nos valores judaico-cristãos, substituído por uma DITADURA COMUNISTA orwelliana. Tudo isso em MENOS DE 1 ANO! É um plano brilhante, incrivelmente monstruoso, verdadeiramente diabólico, mas brilhante.

O primeiro passo para se vencer um obstáculo é ENTENDER EXATAMENTE o que é o problema. Infelizmente, após 9 MESES deste show ilógico e incoerente, acho mais fácil ver um dinossauro tentando atravessar a rua, do que fazer o POVO BRASILEIRO RACIOCINAR e AGIR COM CORAGEM. As provas se acumulam como folhas nas calçadas no outono, mas a massa ainda segue os protocolos mentirosos que não fazem o menor sentido.

Eu alertei desde o início para a farsa, não estou tentando lucrar com minha atitude, não estou vendendo livros no tema, nem cursos, muito pelo contrário, só me prejudiquei financeiramente desde março, a minha motivação é apenas respeitar meu INTELECTO, honrar meu CARÁTER e dormir tranquilo com minha CONSCIÊNCIA todas as noites.

A decisão é SUA, não haverá salvamento divino de última hora, lute pelo futuro que deseja para você, seus filhos e netos. 2021 pode representar o lindo retorno do único NORMAL aceitável ou uma doentia bota pisando firme no rosto da humanidade. Não acredite em mim cegamente, ESTUDE, não há dois pesos e duas medidas na VERDADE. Escolha seu lado e defenda sua posição.

Só lembre que seu arrependimento pela escolha passiva pode vir tarde demais... ?

A Raiz da Crise de Segurança no País é clara: a Impunidade

 

Especial para o BSM · 1 de Janeiro de 2021 às 11:56

A raiz da crise de segurança no país é clara: a impunidade

Roberto Motta
Especial para o BSM

Há décadas o Brasil vive uma crise de criminalidade sem paralelo nas democracias ocidentais. É um verdadeiro massacre. Já chegamos a ter 63.000 homicídios por ano. Nos últimos vinte anos mais de um milhão de brasileiros foram assassinados – esse número é quase o dobro do número de mortos na guerra civil americana. As vítimas são pessoas de todos os sexos, idades, profissões, etnias e crenças. O criminoso brasileiro não discrimina.

O percentual de policiais militares assassinados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro é três vezes maior que a taxa de perdas do exército americano na Segunda Guerra Mundial e sete vezes maior do que na guerra do Vietnã[i].

A crise de criminalidade do Brasil tem uma razão clara: a impunidade. O bandido brasileiro não tem medo da punição: nem o criminoso violento, que te assalta com uma arma, e nem o político corrupto, que frauda licitações.

Apenas 8% dos homicídios são esclarecidos[ii]. De acordo com o único levantamento disponível, apenas 1.8% dos assaltos são esclarecidos. Em outras palavras: o sujeito que resolve assaltar um restaurante ou banco tem quase 100% de chance de sucesso.

A impunidade, raiz da crise, é resultado da destruição ideológica do sistema de justiça criminal.

Essa destruição é promovida por uma aliança entre a extrema-esquerda, o narcotráfico e diversas organizações de apoio a bandidos. Seus representantes estão infiltrados em todas as instituições.

Para entender a destruição causada por essa turma, pense nisso: o Brasil é o país onde o estuprador preso tem direito à “visita íntima” - eufemismo que significa fazer sexo com um visitante.

 Essa aliança do mal movimenta fortunas com corrupção e exploração de mercados ilegais como drogas, contrabando, falsificação de remédios, roubos de veículos, roubo de cargas e até furto de combustível de oleodutos da Petrobras.

Há décadas a extrema-esquerda se empenha na criação de benefícios para criminosos. Há duas razões para isso. A primeira é eleitoral: alimentar a imagem de defensora dos “direitos humanos” para angariar votos de eleitores desinformados. A segunda razão é ideológica. A esquerda vê no criminoso – no assassino, estuprador ou assaltante – uma vítima do “sistema capitalista” e um auxiliar no processo revolucionário.

Vejam o que disse Marx: "O crime é produzido pelo criminoso da mesma forma que o filósofo produz idéias, o poeta produz versos e o professor produz manuais. A prática do crime é útil à sociedade porque ocupa mão de obra ociosa e o seu combate dá emprego a muitos cidadãos"[iii].

Ou vejam o que disse o anarquista Bakunin: "Existem categorias de pessoas que, em liberdade, promoverão os interesses da revolução cometendo atos brutais e enfurecendo a população, ou que podem ser exploradas através de chantagem a trabalhar em prol da nossa causa"[iv].

A glorificação e glamourização dos criminosos pela esquerda se chama “bandidolatria”. Ela é filha do "garantismo penal", uma doutrina criada pelo picareta italiano Luigi Ferrajoli que diz, basicamente, que o bandido é um pobre coitado e que a culpa do crime é sua, seu burguês safado.

É isso mesmo que você leu.

Essa teoria ilógica e imoral é ensinada como dogma em nossas escolas de direito.

Ferrajoli, por sua vez, é filho bastardo de Gramsci, o "filósofo" Marxista que criou a estratégia de tomar o poder através da cultura, usando as escolas em vez de armas.

Os herdeiros dessa tradição “intelectual” dominam hoje o debate sobre segurança no Brasil. São “especialistas” como a “filósofa” (as aspas são inevitáveis) Márcia Tiburi, que se declarou “a favor do assalto”, ou o deputado Marcelo Freixo, que já perguntou publicamente “prender para que?” (aparentemente ele abriu uma exceção quando uma vereadora do seu partido foi covardemente assassinada, e ele  - justamente - exigiu “punição rigorosa” para os assassinos).

Mas a situação fica ainda pior.

A maioria das estatísticas relevantes sobre segurança pública no Brasil são coletadas, calculadas, analisadas e divulgadas por ONGs de esquerda.

São as mesmas ONGs que defendem ativamente mudanças na lei penal que beneficiam criminosos e dificultam o trabalho da polícia e a proteção do cidadão.

Essas ONGs e seus “especialistas” ditam a agenda da imprensa. Como resultado disso, quase tudo o que você lê na grande mídia sobre crime contém informação distorcida, dados incompletos ou mentiras descaradas.

É importante entender isso: a crise de criminalidade do Brasil não é um desastre. A crise de criminalidade do Brasil é um projeto de poder.

Ela tem solução, e muito mais rápido do que se pensa.

Existe uma rica bibliografia lá fora – à qual o brasileiro não têm acesso, e que é ignorada pelos jornais – mostrando isso.

Aqui mesmo no Brasil, há inúmeros juristas, estudiosos e ativistas apontando as soluções. São brasileiros corajosos como os Promotores de Justiça Diego Pessi e Leonardo Giardini, autores do livro Bandidolatria e Democídio, o Procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, o Promotor Bruno Carpes, o Professor Pery Shikida, o Procurador Fabio Costa Pereira, a Juíza Ludmila Lins Grilo, o especialista em armamento Benê Barbosa e muitos outros.

Meus dois livros – Ou Ficar A Pátria Livre de 2016 e Jogando Para Ganhar de 2018 – têm um capítulo sobre crime, com abundância de dados, pesquisas e fontes de informação, que mostram que essa crise pode, sim, ser vencida.

Considere apenas esse dado: em média, os 10% de criminosos mais ativos no conjunto da população são autores de 66% dos crimes[v]. Isso DESTRÓI as narrativas do “crime não tem jeito” e “prender não resolve”. Basta colocar esses 10% de bandidos na cadeia, por tempo suficiente, e poderemos viver em paz.

É simples assim.

Se o brasileiro vive com medo permanente do crime é porque muita gente lucra com isso - e porque esses abutres contam com o apoio permanente e agressivo da extrema-esquerda.

Enfrentemos essa aliança maldita e teremos de volta segurança e paz.

Em muito pouco tempo.

Basta coragem.

 

Roberto Motta é engenheiro civil, mestre em gestão e trabalhou como executivo em grandes empresas no Brasil e exterior. Um dos criadores do Partido Novo (do qual se desligou em 2016), Roberto estuda há anos as questões de segurança publica do Brasil. Roberto é suplente de deputado federal e de vereador no Rio de Janeiro, e coordenou a transição da segurança do estado do Gabinete de Intervenção Federal para as recém-criadas Secretarias de Polícia Civil e Militar, assumindo por um breve período a Secretaria de Segurança até a sua extinção, em janeiro de 2019.

 




O QUE ME ENVERGONHA NESTE BRASIL

MOZART HAMILTON BUENO)(mozart.h.bueno@gmail.com)

Desde março do corrente ano, sofremos com a praga chinesa denominada COVID 19.

De lá para cá estamos trancados em casa, usando “focinheira”, inundando-nos de álcool gel, deixando os sapatos fora de casa, aterrorizados pelos falsos e pessimistas noticiários. Não nos abraçamos, não estendemos a mão aos amigos e vivemos o horror de embebedar no álcool gel os embrulhos de pães, as encomendas chegadas pelo correio e até os envelopes das missivas que nos são destinadas.

Criou-se uma verdadeira onda de terrorismo, de ameaças físicas e psicológicas engendradas por prefeitos, vereadores e governadores corruptos, sempre apoiados pela imprensa escrita e televisiva.

Nos hospitais, os médicos, ou por interesse financeiro ou por covardia mesmo, atestam óbitos por COVID, ainda que a causa mortis se tenha dado por gripe, tuberculose, tiro, facada, atropelamento ou qualquer outra.

O Governo Federal, atento ao problema, de pronto destinou os Estados e Municípios verbas para o combate à tal pandemia e a maioria dos prefeitos, governadores e deputados, valendo-se da verba, no momento inexigível qualquer procedimento licitatório, encheram suas burras, superfaturaram compras, compraram o que não receberam e jamais receberão, firmaram contratos sigilosos com a China e venderam ao povo ,sempre vítima desses abutres, histórias de terror, pela qual implantaram o pânico, quebraram empresas, lacraram comércios e, com certeza, compraram médicos e hospitais. A encimar o caos dolosamente estabelecido, vem o Supremo Tribunal Federal a palpitar e tirar de quem de direito, (o Poder Executivo), a iniciativa do combate ao mal que anulou o corrente ano, comprometeu a educação, inibiu a indústria e o comércio, para, afinal, empobrecer o Erário.

Todos esses, por certo, tiveram ganhos ilícitos, imorais e desumanos.

Fizeram do sofrimento de milhares, fonte de renda e trampolim para angariar votos dos incautos e de boa fé.

São todos, sem exceção, canalhas, vendilhões de suas honras (se é que honra têm), impatriotas, cínicos e covardes.

O Congresso Nacional, nas suas duas Câmaras, é composto de párias sociais, na sua maioria envolvidos em crimes e acobertados pelo imoral imunidade parlamentar e não raro, pelo Supremo Tribunal Federal.

Tenho orgulho e me ufano de ser brasileiro e por mim, em todas as instâncias seriam criadas Varas especializadas em crimes de corrupção, com prisão em segunda instância e todos os condenados cumpririam pena numa ilha remota, de preferência a Ilha das Cobras, para que nenhum deles voltasse a roubar a nação.

O Brasil não aguenta mais tanta corrupção dos políticos, tanta conivência e/ou subserviência dos Tribunais Superiores e o cinismo dos homens públicos.

Enquanto essa carruagem macabra transita pelo Brasil, a esquerda oportunista, apátrida e corrupta, engendra a implantação do nefasto socialismo, para que sejamos um dia (valha-nos Deus) mero satélite das ditaduras comunistas.

Se não houver forte reação do povo coadjuvado por nossas Forças Armadas, como em 1.964, estaremos em breve chorando a liberdade perdida e nossos direitos sequestrados.

Brasília, 22 de novembro de 2.020



sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

OS CÍNICOS DA ATUALIDADE

O bom Juiz corrige o que ouve pelo que vê; o mau Juiz corrompe o que vê pelo que ouve”

(Provérbio chinês)

Registra a história que os filósofos gregos, nos quais se assentam os princípios da filosofia de todas as culturas, que ANTÍSTENES, o filósofo ateniense, discípulo de Sócrates e fundador da escola cínica, foi mestre de DIÓGENES. Este, costumava andar em andrajos para simbolizar o seu desprezo às convenções sociais e que também, costuma sair, em pleno dia, com uma lanterna acesa, à procura de um homem honesto.

Disse-lhe um dia, porém, o próprio Sócrates: “Antístenes, estou vendo o teu orgulho através dos buracos da tua capa”.

Nos dias atuais, dois mil, trezentos e oitenta e cinco (2.385) anos após Antístenes e Diógenes, vive o Brasil, com todo vigor e descaramento, a filosofia da “escola cínica”, onde o pudor é falso e a ética inexistente.

Não há consenso entre os três poderes, imperando em cada um o cinismo, a vaidade e o egocentrismo.

Os governantes (e governo são os três poderes) se sobrepõem às mais comezinhas regras de convivência, imperando nas entre linhas de suas falas e nas próprias atitudes, o cinismo, comum nos políticos, mas inadmissível na magistratura, esperando-se desta, especialmente, equilíbrio, sensatez e plena isenção.

Alguns magistrados estão a confundir juiz com juízo.

JUIZ só faz juízo, ou seja, avaliação e decisão quando os autos lhe chegam às mãos, para então, instruí-los e proceder o decisum.

Mas nestes dias bicudos em que vivemos, vejo sob os caros ternos dos congressistas, pagos pelo cidadão, e sob a toga de alguns magistrados, Antístenes e Diógenes modernos.

Ou seja, os cínicos modernos.

É lamentável.

Brasília, 30 de maio de 2.020

MOZART HAMILTON BUENO

(mozart.h.bueno@gmail.com)

Graça Leal =Interessante é que conheci Antístenes pelo pensamento que sempre repito: A GRATIDÃO É A MEMÓRIA DO CORAÇÃO. Em tempos de ideologias nefastas, vazias de todo o princípio moral e cristão, o sentimento da GRATIDÃO é um divisor de águas entre seletos cidadãos. Por isso, acho que Mozart, pegou pesado, com os antigos ao compará-los a esses atuais togados.


A JUÍZA VIVIANE E O MENINO JOÃO HÉLIO

(texto de Marcelo Rocha Monteiro)

Na véspera do Natal deste já tão difícil ano de 2020, um crime hediondo chocou o Brasil: no Rio de Janeiro, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-marido, diante das três filhas do casal: gêmeas de 7 anos de idade e a mais velha com 9 anos.

O crime bárbaro, como não poderia deixar de ser, gerou justa indignação. Gerou também alguns comentários absolutamente equivocados sobre nossa legislação penal, e demonstrou pela enésima vez a hipocrisisa de parte de nossas “classes falantes”.

Uma profissional da Justiça criminal (de outro estado) disse que a legislação brasileira é muito branda “com os crimes praticados contra as mulheres”.

Contra as mulheres”? Vejamos.

Em 2007, o menino João Hélio, de apenas 6 anos de idade, morreu após ser arrastado pelo asfalto das ruas da Zona Norte do Rio de Janeiro, preso pelo cinto de segurança ao automóvel de sua mãe, que havia acabado de ser roubado por 5 elementos que acharam que não valia apena parar o carro para salvar a vida do menino.

Os assaltantes arrastaram João Hélio por 7 quilômetros pelas ruas de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura, em alta velocidade; o menino ia batendo no asfalto, e assim perdeu alguns dedos e parte da cabeça; o crânio ficou esfacelado (pedaços de massa encefálica foram encontrados na rua Cerqueira Dalto, na região) e o corpo, irreconhecível.

Presos dias depois, os latrocidas foram condenados a penas de cerca de 40 anos de prisão – com exceção de um deles que, por ter 17 anos de idade, não podia ser processado criminalmente (muito novo para entender o que fez com João Hélio, diz a ficção estabelecida pela legislação brasileira).

Mas as penas de 40 anos também não passavam de ficção. Em agosto de 2019, um dos homens condenados pela morte de João Hélio, Carlos Roberto da Silva, conhecido como ”Carlinhos Sem Pescoço”, deixou o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, na Zona Oeste do Rio, pois ganhou o direito de cumprir a pena EM CASA.

Cumprir pena em casa” é mais uma ficção da lei penal brasileira.

Cerca de 12 anos após o crime, todos os assassinos de João Hélio já estavam de volta às ruas, graças a uma legislação que, como se vê, não é “muito branda com crimes contra mulheres” – é absurdamente frouxa com crimes contra mulheres, com crimes contra meninos de 7 anos de idade, com crimes contra juízes, com crimes contra empregadas domésticas mortas por causa de um celular, etc. etc.

Lembram do caso Suzane Von Richtoffen, a jovem de família rica que em 2002 matou os próprios pais, auxiliada pelo namorado e pelo irmão do namorado? Os três assassinos foram condenados a 39 anos de prisão – pura ficção; nossa benevolente legislação permitiu que os irmãos Cravinhos pudessem voltar a circular pelas ruas de São Paulo já em 2013. Suzane teve que aguardar mais um pouco (até 2014...).

A mesma história se repete no caso Nardoni (a menina morta ao ser arremessada da janela pelo pai e pela madrasta) e em tantos e tantos outros casos: latrocidas, assassinos, assaltantes, traficantes e outros criminosos voltam às ruas após cumprirem menos (na maioria das vezes, muito menos) da metade das penas a que foram condenados.

Há alguns anos, um grupo de juízes, promotores e procuradores criou o Movimento de Combate à Impunidade, propondo leis mais severas e punições mais efetivas para criminosos de todo o tipo. Fizemos um seminário em 2017 – “Segurança Pública como Direito Fundamental” – com foco nos direitos DAS VÍTIMAS e seus familiares, e não nos direitos imaginários dos criminosos. Na época, os promotores de Justiça Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza (que participaram do seminário) haviam lançado o hoje clássico “Bandidolatria e Democídio”, mostrando a relação entre os assombrosos índices de criminalidade brasileiros e o tratamento cada vez mais leniente dos criminosos pela legislação e pela juroisprudência dos tribunais.

A militância “progressista” reagiu com ira. Chegaram a tentar reunir um grupo na frente do prédio onde ocorreu o seminário para protestar e vaiar os palestrantes. O grupo não tinha mais de 10 pessoas, comandadas por duas ou três advogadas ligadas ao PSOL – mas faziam barulho!

Fascistas! Punitivistas! Reacionários! Prender não resolve!”, gritavam.

Curiosamente, esses mesmos setores que afirmam que punição não é solução e que “prender não resolve”, estão desde a véspera do Natal exigindo leis com punição mais dura para crimes contra as mulheres e uma pena de prisão exemplar para o assassino da juíza Viviane.

São os mesmos setores que se esforçam para barrar qualquer mudança na Lei de Execução Penal que permita que um latrocida condenado a 40 anos de prisão cumpra integralmente sua pena – ou pelo menos mais de dois terços dela.

Eles fingem não entender que criminosos não têm medo de notas de repúdio (como bem lembrou meu amigo Roberto Motta) - o que os criminosos temem é ter que passar o resto da vida na cadeia.

Mas os nossos “progressistas” vão continuar lutando para que isso não aconteça com latrocidas, homicidas e muito menos (valha-nos Deus!) com os traficantes, esses “pequenos comerciantes de drogas” que não representam qualquer risco para a população porque, como sabemos todos (principalmente os cariocas), “tráfico é um crime que não tem relação com violência” – daí porque uma das principais bandeiras dessa turma é a soltura de traficantes.

Muitos desses que aparentam sentir profunda indignação com o hediondo crime de que foi vítima a juíza Viviane são os mesmos que pediram ou aplaudiram a decisão ilegal do STF que, na prática, liberou a atividade do crime organizado em mais de 1.400 comunidades no estado do Rio de Janeiro ao proibir operações policiais nessas localidades usando como esdrúxulo pretexto a pandemia do coronavírus.

Como se vê, a indignação deles com criminosos é altamente seletiva; depende do caso se enquadrar ou não na agenda da militância “progressista-identitária”.

Nossa sincera solidariedade à família da juíza Viviane, bem como à família do menino João Hélio – cuja morte, infelizmente, não mereceu “nota de repúdio” dos “progressistas” – e de tantas e tantas vítimas esquecidas, não importando gênero, cor da pele, orientação sexual ou o que for.

O Brasil, em 2017, teve mais de 60 mil vítimas de homicídio e latrocínio - das quais cerca de 90% eram do sexo masculino. Por mais que a militância “progressista” tente negar a realidade, esse morticínio não tem como causa principal o machismo, ou a “cultura do patriarcado”. Também não são a desigualdade de gênero, a cor da pele ou a preferência sexual que explicam os inacreditáveis mais de dois milhões de “assaltos” (roubos, em geral à mão armada) sofridos por brasileiros anualmente (um a cada 3 minutos, provavelmente um recorde mundial).

O que explica esses índices de criminalidade surreais é a IMPUNIDADE.

Eu desejaria do fundo do coração que o assassino da juíza Viviane passasse os próximos 40 anos na cadeia (e quando eu digo “cadeia” me refiro a cadeia de verdade, ou seja, prisão em regime FECHADO).

Infelizmente, porém, a militância dos bondosos “progressistas” contra o “punitivismo” não deixa que isso aconteça. Existe o risco de, quando o assassino de Viviane voltar às ruas no regime semiaberto (inclusive na saída temporária do Dia dos Pais), suas filhas mais novas sejam ainda adolescentes.

Desde o último dia 24 a turma do “Prender não resolve, companheiros!” está mordendo a língua, e pedindo punição exemplar para o criminoso.

Mas será por pouco tempo: no próximo confronto entre policiais e traficantes, eles voltam a torcer pelo lado que habitualmente apóiam.

Não se deixem enganar por essa hipocrisia.