Centro de Proteção e Defesa de Animais de Resende
Tempo de paz, amor e alegria.Tempo de união, de caridade, abnegação e fraternidade.
Ao menos é isso o que ouvimos todos os anos; que é na época de Natal que o tal “Espírito Natalino”, toma conta das pessoas deixando-as mais gentis,mais amigas e mais irmãs.
Uma grande festa para quase todos.
Sim, quase todos participam da festa que deveria ser de alegria pelo nascimento do Salvador, o Cristo nascido num pequeno estábulo em Belém, cercado de pastores e de animais, que celebravam ali, a Natividade.
Árvores de Natal enfeitam as casas, presentes são trocados, há muita música, muita alegria e votos de muita Paz.
E eu pergunto agora: Qual a “Paz” que desejamos?
Por certo a paz intranqüila de nossos corações, quando nos sentarmos a mesa de Natal para comemorar a vinda do Cristo, tendo em nossos pratos, os corpos sacrificados de vários outros animais que matamos para festejar a “Vida”.
Será que desejamos mesmo a paz?
Que paz teremos se diante de nós, muita dor, medo e desespero cerca nosso paladar?
Acredito que muitos ainda não tenham se dado conta disso, por acreditarem que Deus fez os animais para que nós, também filhos de Deus, os matássemos, para comemorar a vinda do Cristo.
Acredite, Deus jamais nos daria esse poder, mas sim a escolha entre deixá-los viver ou não.E nos escolhemos. É nessa época que aumenta, indiscriminadamente, as mortes desses seres inocentes, que Deus criou para evoluírem tal como nós.
Para quem de nós, será realmente Natal?
Para os animais que dão a vida, mesmo sem querer, para saciar um paladar humano que se nega a crer que eles também sofrem diante da morte? Para nós que insistimos em comemorar a Vida com a Morte?
Para quem de nós, será realmente Natal?
Por certo não para eles.Pra eles essa época, o Nascimento do Cristo, que para nós significa paz, amor e esperança, para eles significa apenas medo, dor e morte.Para eles é uma época aterrorizante, temida e indesejável.
Para quem de nós, será realmente Natal? Para o Cristo que todos os anos assiste ao mesmo massacre em seu nome?
Lembro-me agora de um conto de Natal, onde a família, reunida à mesa cantava um Glória a Deus; em seus pratos, os corpos de muitos animais, perus, frangos, porcos, bezerros e diante da mesa, encolhido e solitário, um homem, invisível a todos, chorava, não pela alegria da celebração, mas pela morte de muitos inocentes.
Nós temos em nossas mãos uma escolha: Fazer Jesus alegrar-se ou calar-se em lágrimas diante da dor de outros filhos de Deus, sim, porque tudo que há no mundo é Criação Divina e no Natal, a morte de muitos desses pequeninos filhos de Deus aumenta.Para eles, não existe a festa da Natividade, pois natividade é vida e esses filhos de Deus, encontrarão no Natal, apenas a morte.
A escolha ainda é sua. Comemorar a vida com a morte, ou festejar a vida com a vida, fazendo Jesus sorrir nesse Natal. Natal é vida, para todos os filhos de Deus. (Simone Nardi)