quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Menos Paulo Freire, menos ideologia na educação






Engenheiro eletricista graduado na Universidade Federal do RS e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados



A veneração de Paulo Freire e sua estampagem como o patrono da educação brasileira é talvez uma das boas explicações de por que o ensino do país chegou à condição que se encontra nos dias de hoje.

Temos um desempenho sofrível em avaliações internacionais, como o Pisa, que constata que 70% dos jovens brasileiros não sabem o básico de matemática. Em leitura e ciências, pelo menos metade dos estudantes não alcançam níveis mínimos de proficiência. É este o produto da má gestão dos recursos, mas também da ideologização que tomou conta da educação brasileira.

Paulo Freire é um ideólogo de esquerda que transformou a obra comunista de Karl Marx na “pedagogia do oprimido”.

Marx acreditava na existência de duas classes de pessoas, os opressores e os oprimidos. A ideologia de esquerda é um conto narrativo que se baseia neste devaneio. Seriam os opressores os detentores do capital e dos meios de produção versus a classe operária. Esta é a base de todo o seu pensamento socialista e a justificativa para a revolução sangrenta de tomada de poder. Segundo Marx, não haveria forma de romper com este ordenamento da sociedade e o capitalismo deveria ser combatido pela revolução do proletariado, bem como suas instituições – principalmente a mais fundamental: a família – custe o que custasse. Este pensamento permite relativizar a verdade – e a realidade -, uma vez que tudo que viesse a confrontar os interesses do proletariado seria obra da classe opressora.

O capitalismo desenvolveu-se naturalmente e colocou abaixo todos estes conceitos; Marx foi refutado pela realidade e por economistas, como o liberal austríaco Ludwig Von Mises. Acontece que este pensamento serve para a dominação da sociedade, a educação e a cultura sempre foram ferramentas nas mãos de totalitários para este fim.

Não por acaso, dizia Freire, que a educação deveria estar a serviço da revolução, que a família era parte do aparato opressor e que o comunista assassino Che Guevara era símbolo de amor.

O pensamento revolucionário levou desgraça a países ricos como Cuba e Venezuela. E a educação sempre foi a primeira a ser utilizada como ferramenta pelos verdadeiros opressores: os tiranos que tomaram o Estado. Não há símbolo maior do fracasso educacional brasileiro do que o culto ao patrono de uma educação que não ensina, carregada de ideologia socialista, que prega a segregação da sociedade e tem por fim uma revolução comunista.

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