sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

OS CÍNICOS DA ATUALIDADE

O bom Juiz corrige o que ouve pelo que vê; o mau Juiz corrompe o que vê pelo que ouve”

(Provérbio chinês)

Registra a história que os filósofos gregos, nos quais se assentam os princípios da filosofia de todas as culturas, que ANTÍSTENES, o filósofo ateniense, discípulo de Sócrates e fundador da escola cínica, foi mestre de DIÓGENES. Este, costumava andar em andrajos para simbolizar o seu desprezo às convenções sociais e que também, costuma sair, em pleno dia, com uma lanterna acesa, à procura de um homem honesto.

Disse-lhe um dia, porém, o próprio Sócrates: “Antístenes, estou vendo o teu orgulho através dos buracos da tua capa”.

Nos dias atuais, dois mil, trezentos e oitenta e cinco (2.385) anos após Antístenes e Diógenes, vive o Brasil, com todo vigor e descaramento, a filosofia da “escola cínica”, onde o pudor é falso e a ética inexistente.

Não há consenso entre os três poderes, imperando em cada um o cinismo, a vaidade e o egocentrismo.

Os governantes (e governo são os três poderes) se sobrepõem às mais comezinhas regras de convivência, imperando nas entre linhas de suas falas e nas próprias atitudes, o cinismo, comum nos políticos, mas inadmissível na magistratura, esperando-se desta, especialmente, equilíbrio, sensatez e plena isenção.

Alguns magistrados estão a confundir juiz com juízo.

JUIZ só faz juízo, ou seja, avaliação e decisão quando os autos lhe chegam às mãos, para então, instruí-los e proceder o decisum.

Mas nestes dias bicudos em que vivemos, vejo sob os caros ternos dos congressistas, pagos pelo cidadão, e sob a toga de alguns magistrados, Antístenes e Diógenes modernos.

Ou seja, os cínicos modernos.

É lamentável.

Brasília, 30 de maio de 2.020

MOZART HAMILTON BUENO

(mozart.h.bueno@gmail.com)

Graça Leal =Interessante é que conheci Antístenes pelo pensamento que sempre repito: A GRATIDÃO É A MEMÓRIA DO CORAÇÃO. Em tempos de ideologias nefastas, vazias de todo o princípio moral e cristão, o sentimento da GRATIDÃO é um divisor de águas entre seletos cidadãos. Por isso, acho que Mozart, pegou pesado, com os antigos ao compará-los a esses atuais togados.


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