sábado, 2 de janeiro de 2021

A Raiz da Crise de Segurança no País é clara: a Impunidade

 

Especial para o BSM · 1 de Janeiro de 2021 às 11:56

A raiz da crise de segurança no país é clara: a impunidade

Roberto Motta
Especial para o BSM

Há décadas o Brasil vive uma crise de criminalidade sem paralelo nas democracias ocidentais. É um verdadeiro massacre. Já chegamos a ter 63.000 homicídios por ano. Nos últimos vinte anos mais de um milhão de brasileiros foram assassinados – esse número é quase o dobro do número de mortos na guerra civil americana. As vítimas são pessoas de todos os sexos, idades, profissões, etnias e crenças. O criminoso brasileiro não discrimina.

O percentual de policiais militares assassinados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro é três vezes maior que a taxa de perdas do exército americano na Segunda Guerra Mundial e sete vezes maior do que na guerra do Vietnã[i].

A crise de criminalidade do Brasil tem uma razão clara: a impunidade. O bandido brasileiro não tem medo da punição: nem o criminoso violento, que te assalta com uma arma, e nem o político corrupto, que frauda licitações.

Apenas 8% dos homicídios são esclarecidos[ii]. De acordo com o único levantamento disponível, apenas 1.8% dos assaltos são esclarecidos. Em outras palavras: o sujeito que resolve assaltar um restaurante ou banco tem quase 100% de chance de sucesso.

A impunidade, raiz da crise, é resultado da destruição ideológica do sistema de justiça criminal.

Essa destruição é promovida por uma aliança entre a extrema-esquerda, o narcotráfico e diversas organizações de apoio a bandidos. Seus representantes estão infiltrados em todas as instituições.

Para entender a destruição causada por essa turma, pense nisso: o Brasil é o país onde o estuprador preso tem direito à “visita íntima” - eufemismo que significa fazer sexo com um visitante.

 Essa aliança do mal movimenta fortunas com corrupção e exploração de mercados ilegais como drogas, contrabando, falsificação de remédios, roubos de veículos, roubo de cargas e até furto de combustível de oleodutos da Petrobras.

Há décadas a extrema-esquerda se empenha na criação de benefícios para criminosos. Há duas razões para isso. A primeira é eleitoral: alimentar a imagem de defensora dos “direitos humanos” para angariar votos de eleitores desinformados. A segunda razão é ideológica. A esquerda vê no criminoso – no assassino, estuprador ou assaltante – uma vítima do “sistema capitalista” e um auxiliar no processo revolucionário.

Vejam o que disse Marx: "O crime é produzido pelo criminoso da mesma forma que o filósofo produz idéias, o poeta produz versos e o professor produz manuais. A prática do crime é útil à sociedade porque ocupa mão de obra ociosa e o seu combate dá emprego a muitos cidadãos"[iii].

Ou vejam o que disse o anarquista Bakunin: "Existem categorias de pessoas que, em liberdade, promoverão os interesses da revolução cometendo atos brutais e enfurecendo a população, ou que podem ser exploradas através de chantagem a trabalhar em prol da nossa causa"[iv].

A glorificação e glamourização dos criminosos pela esquerda se chama “bandidolatria”. Ela é filha do "garantismo penal", uma doutrina criada pelo picareta italiano Luigi Ferrajoli que diz, basicamente, que o bandido é um pobre coitado e que a culpa do crime é sua, seu burguês safado.

É isso mesmo que você leu.

Essa teoria ilógica e imoral é ensinada como dogma em nossas escolas de direito.

Ferrajoli, por sua vez, é filho bastardo de Gramsci, o "filósofo" Marxista que criou a estratégia de tomar o poder através da cultura, usando as escolas em vez de armas.

Os herdeiros dessa tradição “intelectual” dominam hoje o debate sobre segurança no Brasil. São “especialistas” como a “filósofa” (as aspas são inevitáveis) Márcia Tiburi, que se declarou “a favor do assalto”, ou o deputado Marcelo Freixo, que já perguntou publicamente “prender para que?” (aparentemente ele abriu uma exceção quando uma vereadora do seu partido foi covardemente assassinada, e ele  - justamente - exigiu “punição rigorosa” para os assassinos).

Mas a situação fica ainda pior.

A maioria das estatísticas relevantes sobre segurança pública no Brasil são coletadas, calculadas, analisadas e divulgadas por ONGs de esquerda.

São as mesmas ONGs que defendem ativamente mudanças na lei penal que beneficiam criminosos e dificultam o trabalho da polícia e a proteção do cidadão.

Essas ONGs e seus “especialistas” ditam a agenda da imprensa. Como resultado disso, quase tudo o que você lê na grande mídia sobre crime contém informação distorcida, dados incompletos ou mentiras descaradas.

É importante entender isso: a crise de criminalidade do Brasil não é um desastre. A crise de criminalidade do Brasil é um projeto de poder.

Ela tem solução, e muito mais rápido do que se pensa.

Existe uma rica bibliografia lá fora – à qual o brasileiro não têm acesso, e que é ignorada pelos jornais – mostrando isso.

Aqui mesmo no Brasil, há inúmeros juristas, estudiosos e ativistas apontando as soluções. São brasileiros corajosos como os Promotores de Justiça Diego Pessi e Leonardo Giardini, autores do livro Bandidolatria e Democídio, o Procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, o Promotor Bruno Carpes, o Professor Pery Shikida, o Procurador Fabio Costa Pereira, a Juíza Ludmila Lins Grilo, o especialista em armamento Benê Barbosa e muitos outros.

Meus dois livros – Ou Ficar A Pátria Livre de 2016 e Jogando Para Ganhar de 2018 – têm um capítulo sobre crime, com abundância de dados, pesquisas e fontes de informação, que mostram que essa crise pode, sim, ser vencida.

Considere apenas esse dado: em média, os 10% de criminosos mais ativos no conjunto da população são autores de 66% dos crimes[v]. Isso DESTRÓI as narrativas do “crime não tem jeito” e “prender não resolve”. Basta colocar esses 10% de bandidos na cadeia, por tempo suficiente, e poderemos viver em paz.

É simples assim.

Se o brasileiro vive com medo permanente do crime é porque muita gente lucra com isso - e porque esses abutres contam com o apoio permanente e agressivo da extrema-esquerda.

Enfrentemos essa aliança maldita e teremos de volta segurança e paz.

Em muito pouco tempo.

Basta coragem.

 

Roberto Motta é engenheiro civil, mestre em gestão e trabalhou como executivo em grandes empresas no Brasil e exterior. Um dos criadores do Partido Novo (do qual se desligou em 2016), Roberto estuda há anos as questões de segurança publica do Brasil. Roberto é suplente de deputado federal e de vereador no Rio de Janeiro, e coordenou a transição da segurança do estado do Gabinete de Intervenção Federal para as recém-criadas Secretarias de Polícia Civil e Militar, assumindo por um breve período a Secretaria de Segurança até a sua extinção, em janeiro de 2019.

 




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