quinta-feira, 18 de abril de 2013

CANCELAMENTO DE LEILÃO DE CÃES DA PMMG FRUSTRA INTERESSADOS.-

Observem que o  interessado em adotar um cão da PM, saiu de moto, do Bairro Ribeiro de Abreu..Dúvida: como ele levaria o animal?


Leilão de cães da Polícia Militar é cancelado pela corporação devido a vícios detectados no edital, o que frustrou pessoas interessadas nos animais. ONG comemora adiamento

Jefferson da Fonseca Coutinho - Estado de Minas
Publicação: 17/04/2013 06:00 Atualização: 17/04/2013 06:37

Marley Durães e o filho, Marley Júnior, enfrentaram dificuldades para chegar no horário previsto, em vão (Juarez rodrigues/em/d.a press)
Marley Durães e o filho, Marley Júnior, enfrentaram dificuldades para chegar no horário previsto, em vão


Meia volta, volver! No Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), da Avenida Amazonas, 6.227, para fora foi só frustração para várias famílias que, ontem, compareceram ao endereço na expectativa de levar para casa um dos 10 cães dispensados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Cancelado pela manhã para “adequações jurídicas” no edital, o leilão dos animais policiais era aguardado com ansiedade por pais e filhos de várias regiões de Belo Horizonte.

Vindos do Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste, Marley Durães, de 42 anos, e Marley Júnior, de 9, enfrentaram verdadeira maratona para chegar no horário anunciado para o pregão, às 13h30, no BPE, no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH. Pai e filho, de motocicleta, ainda tiveram que enfrentar um pneu furado na luta contra o tempo – 30 minutos apenas para o lance, conforme o edital. O pequeno Marley não escondeu a decepção de voltar para casa sem a labrador que ele tanto queria.

“Eu queria muito. Pra ficar no lugar do Rex”, lamentou o garoto, sentado na garupa do pai. Rex, “amigo para sempre”, na lembrança, era o pit bull da família, morto há três meses, “de velhice”. Leonardo Oliveira, de 19, tratou a perda de tempo no BPE como “decepcionante”. O estudante de engenharia compareceu ao BPE na companhia da mãe, Maria Stael. Os dois estavam em missão para batalhar pelo labrador Atos, de 3. Escolha do caçula Alexandre, de 9.

Moradores do bairro vizinho Nova Suíça, mãe e filho lamentaram a falta de informação mais detalhada no BPE. “Rodamos por várias partes, e ninguém sabia informar o motivo. Nem data prevista para o novo edital”, criticou a advogada. “Segundo disseram, não foi nenhuma ação de grupo ativista”, complementou o estudante. Maria Stael conta que, na escola, Alexandre esperava na maior expectativa por boas notícias. “Agora, o que dizer? Que vamos aguardar o novo edital”, diz.

Joyce Meelhysen, de 51, soube do leilão por meio da imprensa. Na segunda-feira, por uma hora acompanhou os cães que iriam a leilão no canil da PM, no Bairro Saudade. Encantou-se pelos labradores Atos, de 3, e Nark, de 2. Não para companhia, simplesmente. A fisioterapeuta tem a intenção de trazê-los para a reabilitação de idosos e de crianças. Decepcionada com o cancelamento, lamenta que grupos ativistas tenham se mobilizado para impedir o leilão. “Embargaram sabendo que vamos cuidar muito bem”, criticou.

O comandante da Companhia de Policiamento com Cães, major Enos Machado, diz que o cancelamento do leilão foi para “adequações jurídicas” do edital. Nada que tenha a ver com a mobilização de ativistas do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA). Segundo o oficial, em respeito às famílias, especialmente às crianças que compareceram ao canil da PM, o novo edital deve ser publicado “o mais rápido possível”.

Outro lado
Do outro lado, o MMDA comemora os últimos dias de mobilização nas várias esferas do poder público para impedir o pregão. De acordo com Adriana Cristina Araújo, de 42 anos, presidente do movimento, foram várias as iniciativas pelo impedimento do evento, envolvendo o Ministério Público em documento encaminhado ao comando geral da PMMG, com apoio do deputado Fred Costa (PEN).

Adriana ressalta que o MMDA é parceiro da PM, mas que, fiel aos seus propósitos em proteção aos animais, não concorda com o leilão. A ativista garante que não vai sossegar enquanto a PMMG não rever sua posição e dar encaminhamento digno aos cães da corporação, a exemplo do que ocorre em outros estados brasileiros, “que não comercializam e praticam a adoção responsável”. “Em Santa Catarina e no Paraná, por exemplo, os cães em fim de carreira são tratados com honrarias, não como viaturas”, critica.

Quanto à frustração de crianças que sonham com alguns dos 10 cães da discórdia, à espera de futuro no canil da PM, a presidente do MMDA chama a atenção para “um outro olhar”. “Quando escolhemos um cão de raça, não estamos pensando no cão. Estamos pensando em nós, em primeiro lugar. É uma oportunidade para essas crianças aprenderem novos valores. São muitas as feiras de adoção. Por que não se interessar por um cão abandonado, sem raça?”, questiona.

Versão da PMMG


“A Polícia Militar de Minas Gerais cientifica a sociedade e a imprensa, que o leilão de cães que estava previsto para 16/4, às 13h30, no Batalhão de Polícia de Eventos, foi momentaneamente cancelado para serem realizadas adequações jurídicas e sanados vícios no edital. A nova data será publicada e difundida oportunamente, por meio da Sala de Imprensa.”


Em 16 de abril de 2013 19:31, Nelson Bronca <nelsonbronca@gmail.com>escreveu:

Fiquei emocionado com o desfecho! Parabéns a todos. A destacar os textos tratando do assunto, em todas as etapas desse processo que se mostrou, ao final, vitorioso. São elaborações atenciosas, educadas, de altíssimo nível mas sem perder em momento algum a extrema objetividade  e a contundência na finalidade que pretendiam. Parabéns especial aos responsáveis por esse aspecto, que muito contribui para que o assunto fosse resolvido de forma amigável e sem desgastes desnecessários.
Saudações
Nelson Bronca

Prezados parceiros pela libertação animal, 

Silvana (ANDA) / SP e Nelson / SC



Realmente, não estamos nos contendo de felicidade, diante do desfecho presente.



Nosso agradecimento especial à Silvana, quem primeiro noticiou o fato / leilão de animais da PMMG e colaborou na repercussão nacional do caso, ao divulgar todas as nossas matérias, proporcionando-nos a vitória do animais. 



Numa verdadeira, comprometida e firme união de forças entre ativistas pelos Direitos Animais e Poder Público, num trabalho concentrado e incessante, conseguimos pacífica,  civilizada e democraticamente, desde o dia 09/04/13 - em verdadeira força-tarefa - o resultando de tanto esforço coletivo.


MUITA ADRENALINA, haja coração!!!! 

Pesquisas, telefonemas, e-mails, entrevistas, críticas diversas, perseverança, angústia, aflição, esperança, decepção, omissão, noites em claro, discussões, confusões, mal ententidos, contas de celular estourados etc, etc, etc: VALEU DEMAIS, faríamos tudo de novo, se necessário!!! Isso prova a FORÇA DA UNIÃO E DO TRABALHO COLETIVO, motivando a abraçar desafios maiores!!!

A menos de 3 horas antes do leilão iniciar, tivemos a grata notícia - e, confesso, já não mais esperada surpresa - de que o leilão havia sido suspenso, dada pelo Presidente da Frente Parlamentar de Defesa Animal ALMG, Dep. Fred Costa, o qual nos apoiou durante essa difícil semana de embate, intervindo ao final, junto ao Governador Anastasia/ MG e ao Comandante Geral, o qual telefonou-lhe pessoalmente para informar.

Nosso agradecimento especial a esse Deputado, Fred Costa, pois temos consciência de que seu empenho e participação de nossa mobilização não seria suficiente foram decisivos no desfecho vitorioso para os animais da PMMG

Avante, há muito a ser feito - nossa ação atual é somente o início de muito que está por vir, quanto aos animais da PMMG.

Que a parceria entre a sociedade civil organizada - representada pelos ativistas pelos Direitos Animais - e Poder Público, por meio do diálogo pacífico, seja a base desse bonito trabalho que ora se inicia, em observância à CF/88, art. 225 e, mais, em observância às LEIS DA NATUREZA.

Saudações libertárias, 

Adriana Cristina


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