Em 12 de abril de 2013 08:22, leozleo@gmail.com; escreveu:
"Bom dia,
Compreendo e acho legítima a intervenção do movimento no leilão de cães da PMMG. Mas a declaração de Adrina Cristina, "Animais não são produtos", não merece respaldo.Sabemos, sem hipocrisia, que a comercialização de animais de raça é um mercado que gira valores altíssimos. Não é por ser entidade pública que PMMG não pode se valer disso. Afinal são cães de raça.A intervenção no leilão é válida. Mas os argumentos tem que ser mais bem fundamentados.obrigado."
--
Leonardo Silva de Faria
Bom dia, Leornardo.
Sim,
reiteramos o posicionamento não só da ativista pelos Direitos Animais,
Adriana Cristina, mas, de todos que dedicam parte de suas vidas a
defender seres que, explorados, não têm como manifestar-se: animais não
são produtos, que se precifica, se compra, se vende, se usa e se
descarta. Não consideramos ética a precificação de vidas, sendo o
critério do dinheiro a condição para se definir quem terá condições de
cuidar desses animais, por em média, até seus 15 anos de idade.
Sabemos
que os animais não humanos, infelizmente, são comercializados, assim
como crianças e adultos de nossa espécie. Há o agravante da legislação
atual considerá-los como bens. Sabemos disso, não há hipocrisia.
Você disse:
"a
comercialização de animais de raça é um mercado que gira valores
altíssimos. Não é por ser entidade pública que PMMG não pode se valer
disso. Afinal são cães de raça."
Entretanto,
enxergamos além disso e contestamos a condição de objeto, produto, bem
em que nossa espécie antropocêntrica insiste em considerá-los e
tratá-los. Seres sencientes como os humanos, esses animais sentem dor,
medo, frio e têm o direito à liberdade, afeiçoam-se aos seus tutores,
ficam depressivos quando são abandonados. Propomos a transcendência da
consciência e ação quanto ao mundo ao nosso redor, em relação à nossa
convivência com os demais animais, na construção coletiva de um mundo
biocêntrico. No caso presente, propomos o rigor quanto à escolha dos
futuros tutores desses animais, muito além do que o dinheiro possa
pagar.
Preocupamos
e nos empenhamos, diuturnamente, a salvar vidas dos animais não
humanos, e não raças. Sua senciência, repetimos, para nós é o que nos
move.
Estudo recente de neurocientistas de todo mundo provaram essa senciência dos animais não humanos:
Não é mais possível dizer que não sabíamos
http://exame.abril.com.br/ ciencia/noticias/nao-e-mais- possivel-dizer-que-nao- sabiamos-diz-philip-low
Ademais,
enquanto cidadãos, nos é imposta a corresponsabilidade pela defesa
animais, junto ao Poder Público, em observância à Constituição Federal
Brasileira, art. 225:
"Art.
225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo
para as presentes e futuras gerações."
Olhando para nossa espécie, se em tempos remotos
cidadãos não se colocassem opostos à escravidão humana, essa realidade
perduraria até os dias atuais.
Por fim,
infelizmente, em ampla pesquisa, nos decepcionamos ao constatar a
discrepância e diferença de postura de nossa PM quanto ao respeito aos
cães usados por ela, em relação ao que é praticado pelas polícias de
outros Estados Brasileiros, conforme compartilhamos a seguir, sendo dado
aos policiais treinadores, a prioridade pela adoção responsável desses
seres vivos.
Agradecemos a oportunidade, esperando que o caso
presente sirva de reflexão e de mudança de olhar de nossos militares,
quanto às vidas, não só dos animais humanos, mas também, do não humanos,
para que juntos, possamos nos orgulhar de construirmos juntos, um
Estado de Minas Gerais que respeite todos os seres.
"A grandeza de um povo é medida pela forma como seus animais são tratados."
MAHATMA GANDHI
Ativistas pelos Direitos Animais MG
Respeito aos cães da PMMG:
prioridade para seus treinadores adotarem esses animais!
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