domingo, 31 de agosto de 2008

Leishmaniose. Portaria ministerial condena à morte cães infectados ou doentes. Reação vem de Minas Gerais








Países de primeiro mundo tais como Itália, Espanha, França etc , tratam seus cães de Leishmaniose!!!!!!!!!! Lá essa doença não é o bicho que pintam aqui!!! Será porquê???????? Será que lá é porque o governo investe no extermínio do vetor???? Que é o MOSQUITO???????? Matar cachorros infectados adianta???????? Tem adiantado????? Que adianta matar os cães se não temos como exterminar os mosquitos????? Os testes usados aqui são péssimos. Mais geram dúvida do que esclarecem. Resultados cruzados são cotidiano nos testes. Doenças de carrapato dão resultados indeterminados ou positivos nos testes de Leishmaniose, e isso é uma VERDADE.

Lá na EUROPA o tratamento se mostra muito eficaz na maioria dos cães. É normal tratar os cães com Leishmaniose. E aqui???? Idade da pedra?????? A solução é matar, matar, matar.......... Isso soluciona????? NADA!!!!!!!!! Mortes á toa......

Leishmaniose
Portaria ministerial condena à morte cães infectados ou doentes. Reação vem de Minas Gerais

No último dia 14 de julho os Ministérios da Agricultura e da Saúde podem ter condenado centenas de milhares de cães sumariamente à morte. Nesta data entrou em vigor a Portaria Interministerial Nº 1.429/2008, que proíbe o tratamento da Leishmaniose Visceral em cães infectados ou doentes em todo o território nacional. O documento não prevê políticas preventivas que ataquem a doença em sua principal causa (o vetor que realiza a transmissão), não torna obrigatória a utilização de testes eficazes de identificação do mal, não propõe vacinação em massa contra a doença e campanhas de conscientização e prevenção. Ao desprezar essas alternativas, esta medida (que vem corroborar a postura oficial do Ministério da Saúde há mais de 50 anos) não aponta caminho que não seja a morte dos animais.

Com o propósito de exigir mudanças nas políticas do governo para a doença, a Anclivepa-MG (Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais) acionou o procurador geral da república Fernando de Almeida Martins (também de Minas Gerais). O jurista acatou o pedido e se reuniu com técnicos especialistas em parasitologia, vetores e infectologia do seu estado, grupo encabeçado pelo Dr. Vitor Ribeiro da UFMG e originou-se, então, uma nova Portaria de Instauração de Procedimento Administrativo para recomendar a revogação da primeira.

Os principais pontos apresentados no documento se apóiam em alguns fatos incontestáveis, entre eles, o de que o tratamento em cães já é utilizado com êxito há dez anos e o de que a eliminação de animais infectados é contestada em diversos estudos que demonstram que o seu impacto no controle da doença não alcança resultados que a justifiquem operacionalmente. A dificuldade da aplicação da medida frente à resistência dos donos de animais esteve presente na argumentação.

Martins também alega – baseado em pesquisas científicas – que animais em tratamento e aqueles já tratados tornam-se incapazes de transmitir a doença, pois deixam de ter protozoários presentes em sua pele. Além disso, questionou as técnicas de detecção da doença, ao explicar que o atual exame recomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (sorológico) verifica apenas se o animal produz anticorpos contra o protozoário transmissor da doença, sem comprovar sua existência.
O procurador citou ainda que a captura, vacinação e esterilização dos animais, além de diminuir os animais errantes, reduziria o risco de propagação dessa e outras doenças. Por fim, foram questionados aspectos legais da portaria, que não poderia legislar, por ser direito do médico veterinário "prescrever tratamento que considere mais indicado, bem como utilizar recursos humanos e materiais que julgar necessários ao desempenho de suas atividades" - artigo 10 do Código de Ética Profissional do Médico Veterinário.

Há cerca de dez anos a ARCA Brasil movimenta-se em torno da Leishmaniose Visceral, promovendo encontros com os setores técnicos em busca de caminhos para frear o avanço da doença no país.

Sua última ação foi um Ciclo de Atualização em torno da doença e, atualmente, a organização tem travado conhecimentos e afinado estratégias de ação com os maiores especialistas da questão no país. Por isso, o 3º Seminário Veterinário Solidário, além de debater a polêmica portaria e a tentativa de sua revogação, irá propor a união da classe veterinária e a sociedade civil, em uma movimentação inédita, recuperando para que os seus amigos peludos passem por diagnósticos mais confiáveis e tenham a oportunidade de receber o tratamento adequado.