quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Carta aos comerciantes do Mercado Central

MERCADO CENTRAL DE BEAGÁ: 82 ANOS
Caros comerciantes do Mercado Central,
É inegável o valor de seu laborioso trabalho para a economia, a cultura e o turismo da Cidade e, principalmente, para que nosso querido Mercado Central seja acolhedor e prazeroso.
Hora de festejar: passaram-se 82 anos desde que vocês iniciaram esta bela história de muita luta.
Muitas transformações ocorreram, claro! Sua coragem de assumir as mudanças tem permitido que o Mercado evolua e se torne cada vez melhor.
Afinal, é isso que todos desejamos: que o Mercado prospere, que nos receba para nosso lazer e compras e que traga pão e alegria para os que ali trabalham.
É crendo neste nosso interesse comum e na sua disposição de refletir sobre as mudanças necessárias, que vimos propor um diálogo respeitoso e aberto na busca de soluções sustentáveis e éticas para o comércio de animais no Mercado.
Ou seja, soluções que preservem a manutenção das famílias que vivem desse comércio, mas que lhes permitam trabalhar de maneira mais saudável e digna, sem se mancharem com o sofrimento dos pequeninos que lhes servem de sustento.
A convivência com a degradação tende a embrutecer nosso espírito, levando-nos a achá-la normal. Certamente não é este o interesse dos trabalhadores que comercializam animais no Mercado. Com certeza, eles prefeririam que aqueles animais estivessem sadios, fortes, alegres, com espaço para tomar sol, andar, correr, pular, esticar, respirar ar ventilado, receber afagos, ou seja, que gozassem do que é essencial para o bem estar de qualquer ser.
Até que sejam vendidos, eles passam dias a fio em desconforto sobre aramados, no exíguo espaço da gaiola utilizada ao mesmo tempo para comer, beber, deitar, urinar e defecar.
Aliás, este é o outro ponto crucial que, por certo, incomoda comerciantes e freqüentadores do Mercado e que clama pela nossa coragem de buscar soluções urgentes: a higiene. Enquanto em uma ala do Mercado encontra-se o comércio de animais e, com este, mau cheiro, sangue, urina, fezes, vermes, pulgas, carrapatos, atrativos para ratos e insetos; nas alas contíguas estão alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais, carnes, laticínios, produtos de lanchonete e restaurantes.
A incompatibilidade destes dois tipos de comércio em um mesmo local é gritante e denigre a imagem do Mercado e de nossa Capital perante os visitantes. Não raro, vemos turistas dizerem que ficaram com nojo de se alimentar no Mercado ou que ficaram constrangidos ao passar pelo corredor de animais.
Vimos propor aos Senhores comerciantes, maiores interessados no sucesso do Mercado, que busquem soluções para o comércio de animais e nos oferecemos para participar com sugestão de alternativas viáveis para todos: comerciantes, frequentadores e/ou protetores de animais.
Vamos fazer a diferença agora para merecer um futuro mais compassivo e justo!
Aguardamos seu contato.
MOVIMENTO MINEIRO PELOS DIREITOS ANIMAIS
“Liberdade aos animais, ainda que tardia!”


 -GENTILEZA DIVULGAR AMPLAMENTE -

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