Mozart
Hamilton Bueno
Barbacenense, nosso contemporâneo, foi militar da PMMG, fundador e Diretor do Colégio Tiradentes da PM, hoje, Juiz, aposentado.
Barbacenense, nosso contemporâneo, foi militar da PMMG, fundador e Diretor do Colégio Tiradentes da PM, hoje, Juiz, aposentado.
Ontem, respondendo a um comentário do amigo Geraldo Ribeiro da Fonseca, Professor e Historiador, consignei o seguinte:
“Estamos na mesma arca de Noé hodierna, podendo apenas, vislumbrar de nossas janelas, as pessoas, a paisagem e o comércio, sem arriscar, contudo, qualquer aproximação. É o nosso eremitério involuntário e necessário, que nos foi imposto pelo tal de corona vírus, até que a tormenta desapareça dos nossos horizontes”.
Vivemos hoje, além do que chamam de pandemia, verdadeiro pandemônio, mercê da degradação dos costumes, da expansão da imoralidade, da crescente violência urbana, da massificação dos dependentes químicos, verdadeiros zumbis que perambulam por aí, sem rumo e sem limites, buscando nas drogas a ilusória felicidade que só lhes traz infelicidades.
Está a humanidade, lamentavelmente, sem rumo, sem princípios, mercê da frenética busca de bens materiais em detrimento da boa educação, do respeito ao próximo e do amor á Pátria que, na boa definição de Rui Barbosa, “é a família amplificada”.
No Brasil, especialmente, essa falta de rumo se exacerba na medida que a vulgaridade, o oportunismo, a esperteza e a desconfiança nos demais se agiganta a cada dia.
Na política, pululam homens sem escrúpulos, governantes divorciados dos anseios e direitos do povo, incentivando, irresponsavelmente, a discórdia entre os irmãos compatriotas.
Estamos desgarrados da nossa gloriosa história, apartados de nossas famílias, distantes dos amigos e degredados em nosso próprio torrão, e, assim caminhando para trás, vagando sem sentido, sem norte e assistindo a torre de babel das falas dos governantes.
O Congresso solapa, sorrateiramente, o Executivo; o
Supremo Federal, que desfaz ou inibe, sem quaisquer fundamentos
lógicos, os atos do Executivo e solta, benevolamente, criminosos
confessos e condenados após o devido processo legal.
De minha
parte, afirmo não confiar nem no Congresso nem no STF, ao mesmo tempo
em que, até prova em contrário, dou meu voto de confiança ao
Presidente, que vem enfrentando corajosamente o apedrejamento dos
políticos inescrupulosos, a gangue que por décadas assaltou o país,
os inconformados com a derrota eleitoral e os fanáticos por
ditaduras.
Não há harmonia entre os poderes, não há discrição dos Juízes da Corte Maior, não há compreensão de boa parte do povo, mal orientado, mal informado pela imprensa e ávido de benesses governamentais.
Vez por outra assistimos, quando de eventos esportivos internacionais -especialmente copa do mundo de futebol, o peito estufado dos jogadores, posando de heróis nacionais, mas sem saber uma estrofe, sequer, do Hino Nacional.
O grandes brasileiros , podendo mencionar Tiradentes, Pedro I e Pedro II, José Bonifácio, Caxias, Vital Brasil, Oswaldo Cruz, Tamandaré, Rui Barbosa e muitos outros, jazem jogados nos arquivos dos imêmores, sem que sejam cultuados e admirados pelos governos, por estudantes e especialmente por professores aos quais compete a divulgação aos docentes dos nomes e feitos dos grandes antepassados que cimentaram com seu sangue, trabalho e obstinação o panteão pátrio.
Vejo e revejo, sempre, crianças italianas prestando anualmente homenagem aos nossos heróis da FEB – os pracinhas brasileiros – cantando a belíssima “Canção do Expedicionário”, enquanto por aqui nenhum estudante sequer sabe que existe esse verdadeiro hino àqueles heróis.
Heróis hoje, segundo a mídia, especialmente a televisiva, são os jogadores de futebol, os lutadores de MMA, os péssimos cantores e quantos se dispões a “sair do armário” ou às que se apresentam de costas para o público tendo apenas a bunda para mostrar. Arte mesmo, nada.
Arte, segundo a imprensa, é colocar crianças inocentes diante de homens nus, ou homens se beijando; liberdade, hoje, é poder fazer anualmente a marcha colorida dos que querem impor a todos nós os seus modos e filosofia de vida, em que pese sejam minorias.
Democracia, hoje, é não poder chamar o amigo de “negão”, é chamar a professora de “tia” e ainda poder agredi-la física e psicologicamente; é afrontar o agente público, desrespeitar a lei e desafiar os pais e os mais velhos.
Recordo a velha Grécia, quando, ao cultuar seus heróis, segundo nos conta Plutarco, em Esparta se exibiam, cantando, todas as gerações e chorava o coro dos velhos:
“Nós fomos, em nosso tempo,
Jovens valentes e audazes!
Cantavam, alto, os guerreiros:
“Hoje, os fortes somos nós,
“E a qualquer provaremos!
E as crianças:
“E nós amanhã seremos
“Muito mais que pais e avós!”
Assim a velha e culta Grécia dos filósofos, dos astrônomos dos historiadores e dos matemáticos, homenageava seus heróis enquanto educava e incentivava a sua juventude.
Não podemos desprezar nossos princípios, nossas crenças e nossas tradições, pois se assim for, ajudaremos os oportunistas de plantão a afundar mais ainda este país.
Não perdi e jamais perderei a fé nesta Pátria generosa que me acolhe e que é cognominada “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo”.
Creio no nosso povo ordeiro e trabalhador, creio nas instituições e rogo à Deus que ilumine nossos dirigentes e nossos Juízes da Suprema Corte, para que eles, harmonicamente, conduzam o país à grandeza que todos nós almejamos.
Está a minha fé.
Brasília, 25 de março de 2020
Mozart Hamilton Bueno
(mhbueno@brturbo.com.br)
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