O QUE OS ANIMAIS NOS ENSINAM.
Minha filha herdou do avô materno, o amor e a consciência ambiental e esta consciência a torna sensível a tudo que se refere à vida, tanto animal quanto vegetal. Foi cursar Biologia na UFMG com o objetivo de salvar vidas e espécies.
Certo dia, no banheiro, próximo a um dos estabelecimentos bancários dentro da UFMG ela ouviu miados de filhotes de gatos, e estes vinham do Banco. Imediatamente ela foi saber o que estava acontecendo. Lá dentro ela ficou sabendo que uma gata criara, acima do rebaixamento de gesso e que já haviam tentado retirar os filhotes, mas só conseguiram pegar a mãe que iria ser sacrificada caso ninguém quisesse ficar com ela. Minha filha me ligou e concordei em adotá-la. Primeiro obstáculo resolvido, mas e os filhotes? Os vigias do Banco e da UFMG, inexperientes, não conseguiram retirá-los e já havia um morto e o mau cheiro já impregnava aquele espaço pequeno e abafado.
Para resolver o caso, só havia uma pessoa experiente e há trinta anos, lidando com casos como este em Belo Horizonte, nosso amigo Franklin. Fizemos contatos, narramos os fatos e ele, prontamente se dispôs a ajudar.
No outro dia, tudo previamente combinado com a agência bancária, fora do horário de atendimento, chegamos, como se faz, em operação de resgate. Franklin com sua enorme caixa de medicamentos, cambão e apetrechos para salvamento. Eu com soro, cobertor e mais medicamentos. Minha filha trazia na caixa de transporte a gata-mãe. Os vigias e funcionários nos observavam, atentos.
Franklin, subiu numa escada fez uma abertura no teto, colocou uma coleira com uma guia comprida na gata, introduziu-a pela abertura e deixou-a ir atrás de seus filhotes. E ela mostrou direitinho onde estavam. Um, infelizmente, já estava morto e o outro, havia caído numa calha de gesso que chegava ao chão do local onde estávamos. Franklin quebrou o gesso, na base, e resgatou o filhote que se encontrava, certamente, há muitos dias, sem alimento. Estava muito feio, desidratado e com os olhos cheios de pus. Imediatamente, fomos levá-lo para nosso grande amigo veterinário, Dr. Marcos, para que se fizesse a hidratação. Após, o trouxemos para casa. Infelizmente ele não resistiu. Restou a mãe
Ela deveria ter apenas três meses e havia sido sua primeira cria porque suas tetas mal apareciam. Seu pêlo era espetado e era magrinha.
Hoje, ela está linda. É toda negra com os olhos amarelos, o pêlo brilhante e sedoso. Temos outros gatos e cada um tem sua personalidade. Dejavu-nome escolhido por minha filha e colegas estudantes da UFMG- acho que pelo convívio com muitos destes estudantes é super dócil e sociável. Quando temos visitas, os outros três gatos fogem assustados. Ela não, ela se aproxima, docilmente, e aceita carinhos. Ela tem um porte imponente e sereno. Escala as cortinas, passeia pelos altos dos móveis como se fossem árvores. E, com sua meiguice, cativou até meu marido, que não tem muito simpatia por animais, mas já convive com ela que, aos poucos, conseguiu até dormir na sua cama. Cativou também, meu filho, mais velho, que como é muito estouvado, entra em casa batendo portas e assustando os outros gatos, que fogem desesperados.
Eu sempre o advirto: “filho, seja menos brusco, entre e saia mais tranquilamente”. Embora ele tentasse aproximar-se dos outros três, não adiantava, os gatos, ao pressentirem sua presença fugiam apavorados para esconderem-se no primeiro buraco que encontravam. Eu percebia que ele ficava desolado porque queria estar com eles. A Dejavu, acabou com o trauma dele. Começou por dormir em sua cama, a ficar em seu quarto até deixar-se ser acariciada e finalmente, ficar no seu colo.
Sinto que esse contato da gata com ele, tranquilizou-o e ele agora, com ela, no colo, fica me mostrando e dizendo: “Viu como ela gosta de mim?”Eu sempre o advertia, quando via os gatos se desesperarem na sua presença:” A compaixão pelos animais demonstra bondade de caráter. Quem é cruel com eles, não pode ser um bom homem.” Embora ele nunca tivesse feito mal aos outros, alguma coisa nele os afastavam, e isso o atormentava. Dejavu com sua mansidão, aproximação e carinho, acho que ajudou-o a superar o trauma da rejeição dos outros felinos.
Os Sentidos dos Gatos
"Gatos são animais independentes, que gostam de estabelecer contato e não gostam da aproximação de estranhos. Eles também não gostam de movimentos bruscos ou de muito barulho. E não é verdade que sejam "falsos" ou "traiçoeiros". É preciso aprender a entendê-los e a respeitar seus desejos e independência. Quando isso acontece, um relacionamento com um gato pode ser algo muito especial, harmonioso e profundo".
O especialista comenta que uma pesquisa recentemente realizada por ele comprovou que os gatos podem ajudar as pessoas a vencerem estados depressivos. "Sabe-se que donos de gatos são menos depressivos, mais extrovertidos e têm menos medo do que antes de serem proprietários desses animais". Outro aspecto comentado por Turner é que, diferente da relação cão-homem, "que historicamente é baseada na dominação e subordinação, a relação homem-gato baseia-se em um "dar e receber" entre as duas partes e no respeito mútuo entre um e outro, incluindo as próprias necessidades e desejos do gato".
DENNIS TURNER
Autor de “O Gato Doméstico – A Biologia de seu Comportamento”, ainda não editado no Brasil e considerado o principal livro já escrito sobre felinos.
Fonte: www.arcabrasil.com.br
Afeto
“O bichano se afeiçoa muito às pessoas que lhe dão carinho, porém, por serem animais muito inteligentes, não se doam mais para as pessoas que não sejam sinceras com eles. Eles são dotados de extraordinária sensibilidade e percebem com extrema facilidade as pessoas que querem conquistar a sua amizade. Várias celebridades no mundo, pessoas de inteligência acima do normal, têm e amam seus felinos. Geralmente músicos, poetas, escritores, e grandes pensadores têm felinos e os compreendem.”
Gatos bem cuidados podem viver mais de 15 anos.
CASTRAÇÃO PRECOCE
Cães e gatos, machos e fêmeas, podem ser castrados a partir de 2 meses e devem ser castrado antes dos 5 meses.
Saiba mais. Acesse: www.gatoverde.com.br
Para castrar seu animal entre em contato com:
Centro de Controle de Zoonoses-Rua Edna Quintel,173-São Bernardo, Belo Horizonte
(31) 3277-7411ou 3277-7411
Regional Noroeste-Rua Antônio Peixoto Guimarães,33-Caiçara BH (31)3277- 8448
Regional Oeste- Rua Alexandre Siqueira, 375 –Salgado Filho-BH (31) 3227 7576
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