terça-feira, 12 de março de 2013

BICHEIRAS: COMO CUIDAR

Animais com miíase são animais maltratados. Nem os humanos estão livres da doença
A maior incidência de casos de miíase (bicheira) que chega à Área de Medicina Veterinária (AMV) são em animais de rua. Mas também é muito comum animais domiciliados serem diagnosticados com a doença. A negligência e o não tratamento clínico é considerado maus tratos.

A SEDA já prestou atendimento clínico a cães com miíase e, ao mesmo tempo, autuou seus tutores, como prevê a Lei 9.605/98. “Prestar atendimento a um animal com risco de morte é nosso dever, porém, só iremos combater a doença com a conscientização, pois Direitos Animais não se cumprem jogando a responsabilidade no colo de ONGs, protetores e do poder público.


 Esta é uma maneira fácil, mas não a correta. Se cada um fizer a sua parte, aí sim estaremos respeitando os animais e, também, as pessoas”, afirma a secretária da SEDA Regina Becker, ao destacar que a miíase pode afetar humanos e até levá-los à morte.

Geralmente, a doença ocorre em regiões tropicais, mais frequentemente em pessoas em condições de vulnerabilidade social, com higiene corporal precária, alcoólatras, deficientes mentais, vítimas de AVC com paralisia, pessoas com debilidade senil ou com saúde geral debilitada.

A doença provoca dor em fisgada e, em alguns casos, coceira. Se a pessoa não retirar as larvas, a tendência é que o número delas aumente e precise de mais alimento e espaço.

Como proceder em casos de cães com miíase (bicheira)
Se avistar um cão com ferimentos pelo corpo, leve-o imediatamente ao veterinário. Se este animal for domiciliado, converse com o tutor sobre guarda responsável e que doença sem tratamento é MAUS TRATOS, ou o denuncie aos órgãos competentes.

Se você é um dono responsável e seu cão estiver com uma ferida aberta ou problemas de pele, trate-o diariamente para que nenhuma mosca pouse e deixe as larvas. Existe no mercado coleiras, spray e vários produtos que são repelentes de moscas.

O mesmo vale para felinos que adoram sair para passear, alguns mais ariscos causam desentendimento com outros animais, pulam e se enroscam. Feridas abertas são os locais preferidos das moscas.

Crie o hábito de apalpar seu animal de estimação, procure por nódulos, feridas e casquinhas. A medida torna mais fácil identificar uma bicheira ou berne em estado inicial. Em estágio mais avançado da doença, o cão pode ficar violento e atacar quando alguém tocar em seu machucado, pois a dor é intensa. E nunca se esqueça: esses parasitas também se alojam em humanos.

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