Animais com miíase são animais maltratados. Nem os humanos estão livres da doença 
 A maior incidência de casos de miíase (bicheira) que chega à Área de Medicina
 Veterinária (AMV) são em animais de rua. Mas também é muito comum 
animais domiciliados serem diagnosticados com a doença. A negligência e o
 não tratamento clínico é considerado maus tratos. 
 
 A SEDA já 
prestou atendimento clínico a cães com miíase e, ao mesmo tempo, autuou 
seus tutores, como prevê a Lei 9.605/98. “Prestar atendimento a um 
animal com risco de morte é nosso dever, porém, só iremos combater a 
doença com a conscientização, pois Direitos Animais não se cumprem 
jogando a responsabilidade no colo de ONGs, protetores e do poder 
público.
 Esta é uma maneira fácil, mas não a correta. Se cada um fizer a
 sua parte, aí sim estaremos respeitando os animais e, também, as 
pessoas”, afirma a secretária da SEDA Regina Becker, ao destacar que a 
miíase pode afetar humanos e até levá-los à morte. 
 
 Geralmente,
 a doença ocorre em regiões tropicais, mais frequentemente em pessoas em
 condições de vulnerabilidade social, com higiene corporal precária, 
alcoólatras, deficientes mentais, vítimas de AVC com paralisia, pessoas 
com debilidade senil ou com saúde geral debilitada.
 
 A doença 
provoca dor em fisgada e, em alguns casos, coceira. Se a pessoa não 
retirar as larvas, a tendência é que o número delas aumente e precise de
 mais alimento e espaço. 
 
 Como proceder em casos de cães com miíase (bicheira)
 Se avistar um cão com ferimentos pelo corpo, leve-o imediatamente ao 
veterinário. Se este animal for domiciliado, converse com o tutor sobre 
guarda responsável e que doença sem tratamento é MAUS TRATOS, ou o 
denuncie aos órgãos competentes. 
 
 Se você é um dono responsável
 e seu cão estiver com uma ferida aberta ou problemas de pele, trate-o 
diariamente para que nenhuma mosca pouse e deixe as larvas. Existe no 
mercado coleiras, spray e vários produtos que são repelentes de moscas. 
 
 O mesmo vale para felinos que adoram sair para passear, alguns mais 
ariscos causam desentendimento com outros animais, pulam e se enroscam. 
Feridas abertas são os locais preferidos das moscas. 
 
 Crie o 
hábito de apalpar seu animal de estimação, procure por nódulos, feridas e
 casquinhas. A medida torna mais fácil identificar uma bicheira ou berne
 em estado inicial. Em estágio mais avançado da doença, o cão pode ficar
 violento e atacar quando alguém tocar em seu machucado, pois a dor é 
intensa. E nunca se esqueça: esses parasitas também se alojam em 
humanos.
 

 
 
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