quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CRUZÍLIA-POLÍTICAS PÚBLICAS JÁ!

Amigos da APASF, enviei o texto abaixo para o Ronaldo da rádio:

Olá, Ronaldo!
Gostaria de tratar com você a questão dos animais abandonados em Cruzília. Volta e meia você se pronuncia sobre esse assunto na rádio, mas o faz de maneira parcial, incompleta, mostrando apenas um lado da moeda.


Veja só. Até a década de 80 do século passado, as grandes cidades viviam o problema das crianças abandonadas. A quantidade era enorme. Eram os chamados "pivetes" ou "trombadinhas".


Cometiam furtos e outras infrações para sobreviver ou pagar pelo consumo de drogas. O que algumas pessoas ou grupo passaram a fazer? Matar. Havia até grupos de extermínio. Faziam verdadeiras chacinas. A mais famosa foi a da Candelária, no Rio.

Agora, uma pergunta. Isso resolvia? De forma alguma. Além de ser uma ação criminosa, o número de crianças nas ruas crescia cada vez mais.
Como a sociedade brasileira conseguiu equacionar esse problema? Isso só se resolveu quando a sociedade se deu conta que a criança não era o problema. Pelo contrário. Era vítima. Era o sintoma e não a causa do problema. A partir dessa constatação, foram implementadas políticas públicas que atacaram a raiz da questão.


 Foi criado o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), conselhos tutelares e políticas sociais. Hoje, se alguém abandona uma criança, o mundo cai sobre ela. Imediatamente são acionados conselho tutelar, ministério público, polícia, juizado da infância e juventude, igreja, etc.
 

A questão dos animais abandonados é similar. O animal abandonado não é o problema. Ele é vítima. É o sintoma do problema. Se está abandonado é porque alguém abandonou.

 O responsável é quem abandona. Ele é a causa do problema. Qual a solução? Matar? Se essa fosse a solução, hoje não estaríamos passando por isso novamente, pois o que sempre se fez foi isso, matar. Como nos mostram as ruas, o problema continua. Assassinar, além de crime federal, é crueldade e não resolve.

Em abril do ano passado houve uma grande matança de cães na cidade de Cruzília. Essa ação criminosa continuou em menor escala nos meses que se seguiram.


 Usaram o famoso "chumbinho". É bom que se saiba que esse produto tem sua venda proibida nacionalmente para fins de envenenamento de qualquer animal, inclusive de ratos. Há vários casos de envenenamento de crianças pelo país. Basta que a criança coloque a mão na boca depois de colocá-la no chão onde o veneno foi posto. Portanto, nossas crianças estão em risco quando esse veneno é espalhado pela cidade.

Milito na causa animal há décadas e a experiência em outras cidades por que passei mostra que para equacionar essa problemática são necessárias várias ações, dentre elas destaco:


1- Castração em massa. É preciso um programa de castração em larga escala na cidade. Boa parte da população não dispõe de recursos para castrar seu animais e por isso eles se reproduzem descontroladamente. O resultado disso é abandono.


Para implementar essa medida, há a necessidade de se criar políticas públicas nesse sentido. Em várias cidades, as prefeituras fazem parceria com associações de defesa animal e executam o programa de castração gratuita.


2- Campanha de conscientização da GUARDA responsável. Há que se educar a população no sentido de cuidar bem de seus animais, não deixá-los soltos pelas ruas, refletir mais antes de adquirir um animal, adotar ao invés de comprar e informar que maus tratos de animais é crime, inclusive o abandono.


- Comenta-se que pessoas de outras cidades abandonam animais em Cruzília. Para coibir esse tipo de ação, a cidade poderia implantar um sistema de câmeras de monitoramento. Como a cidade é pequena e poucos logradouros de acesso, isso não seria difícil. Além disso, esse sistema ajudaria também a desestimular outros tipos de crimes.
3- Fazer um censo do animais domésticos da cidade e identificá-los com um chip. Assim, sempre que nos depararmos com um cão pela rua, poderemos identificar o dono e o responsabilizar pelo abandono.
Como se percebe, para solucionarmos essa questão, demanda-se a parceria da sociedade civil organizada com o poder público. 


 Qualquer outra medida tomada no calor da emoção é paliativa, não resolve nada, apenas empurra o problema para frente.
 

Portanto, amigo, se esse problema o toca, junte-se a nós da APASF (Associação de Proteção dos Animais de Cruzília). Trabalhamos para resolver realmente essa questão. Não temos nem um ano de fundação, mas já fizemos bastante.
 Acesse o facebook da APASF e veja quanto já fizemos e estamos fazendo. Para realizarmos mais, carecemos de mais pessoas nessa cruzada. Venha somar, propor ações, seja um colaborador. Se todos se unirem, a cidade só tem a ganhar.
Gostaria que divulgasse essas idéias nos seus programas da rádio.
Abraço,
Jorge

  • Graça Leal Muito bom, Jorge. Tudo o que vc disse são informes técnicos da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE.
  • Graça Leal Em BH, batalhamos desde 2005 realizando, em nível nacional, na Câmara dos Vereadores o 1º SEMINÁRIO NOVAS DIRETRIZES P/ OS CENTROS DE CONTROLES DE ZOONOSES. Depois em inúmeras reuniões c/ a SMSA e conseguimos a construção de 3 Centros de Esterilizações + o oPROGRAMA ADOTE UM AMIGO. Os animais recolhidos pelo CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES são vermifugados, castrados e michochipados e encaminhados p/ FEIRAS DE ADoção.É apenas uma etapa dentre mtas outras q. perseguimos.Se pudermos ajudar Cruzília, de alguma forma, entre em contato comigo que trocaremos idéias. Graça Leal 8216-3969 SÓ COM POLÍTICAS PÚBLICAS, AVANÇAREMOS. ABÇS

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