sábado, 11 de junho de 2011

A incrível sobrevivência de cinco filhotes separados da mãe.



Atenção: dos 5 filhotes dois já foram adotados, agora faltam três, dois machos e uma fêmea. Fone para adoção: 8772 9171-Graça Leal

Pediram-me ajuda.

Uma cadela dera à luz a sete filhotinhos que supostamente foram mortos e a mãezinha corria risco de vida também. Havia,à distância, muita gente cuidando dela e não sabiam o que fazer.

Fui buscá-la e a internamos numa Clínica Veterinária e lá ela permaneceu uma semana, recebendo soro e cuidados pois apresentava uma leve fraqueza.

Na Clínica, tentaram que ela amamentasse três filhotes abandonados para ver se melhorava o estado dela já que apresentava indícios de depressão. Ela rejeitou-os e continuava triste. Foi dado antiinflamatório para secar o leite que aparecia nas tetas cheias.

Após uma semana, uma das pessoas que cuidava dela, Yara, buscou-a na Clínica, colocou coleira e guia e a conduziu para sua casa que ficava próximo ao local que tiraram a cadela.

A cadela, reconhecendo o local, deu um forte puxão, soltou da mão que a segurava e foi em desabalada carreira para o local de onde fora retirada que era uma galeria profunda local onde corria água em tempo de chuvas.

A protetora foi, de moto, atrás dela. Era por volta das dez da noite.

Para espanto de todos a cadela entrou na galeria e retornou,com seis cachorrinhos acompanhando-a ganindo, desesperados.

O vigia do local, então, adentrou pelas galerias, se arrastando para ver se havia mais filhotes e encontrou outro, infelizmente, já morto.

A protetora sentiu um misto de emoções: surpresa, alegria e finalmente, desespero porque já possuía em casa, uma enorme labradora, morava em casa alugada, o senhorio não admitia mais animais o que fazer? Naquela hora não havia muito o que pensar, ela juntou todos e os levou para casa.

Manhã de sexta-feira, eu tivera dias de trabalho intenso, necessitava dormir um pouco mais. O telefone toca, do outro lado uma pessoa chorando, desesperada contando que passara a noite sem dormir que a cadela ciumenta com os filhotes avançava o tempo todo na labradora, que precisava trabalhar às treze horas, que o senhorio não podia ver aquela cachorrada, que ao pedir ajuda a seus amigos todos a recriminaram de não querer ficar com os animais mas também não podiam assumi-los.

Mediante tantos problemas me propus ajudar esclarecendo de antemão que todos que acompanharam a vida daquela cadela eram também responsáveis e que deveriam compartilhar o ônus daquele resgate.

Recolhi-os e levei para a casa de uma amiga protetora,Geni, que sempre nos ajuda acolhendo animais, cuidando até que estejam em condições de serem adotados.Lá os instalamos, com todo o conforto e os alimentamos com boa ração.

.Passado todo esse stress, relaxamos e pudemos dar vazão a toda nossa surpresa por ver filhotes tão lindos e gordinhos porém com alguma desidratação.Como sempre, nossa querida veterinária Patrícia Spadano nos ajudou examinando todos, inclusive a mãe.Um ficou no soro mas não resistiu, estava bem menorzinho e fraquinho.Certamente, mamou menos.

Pretinha, nome que demos à mãe, voltou a ter leite e amamentar.Ela não os abandona um só instante.Quando quer fazer as necessidades, demonstra, vai à rua, sem a guia e volta rapidinho.

Mais uma vez os animais nos dão lição de vida. Estamos intrigados como esses filhotes sobreviveram sete dias longe da mãe. A explicação é que ela os amamentou bem, durante uns vinte dias, e, neste s dias frios, estando abrigados num lugar quentinho, juntaram-se e hibernaram como fazem os animais de lugares gelados.

Os filhotes já têm uns quarenta dias, já têm dentinhos que incomodam a mãe que não há necessidade de amamentá-los já que estão comendo ração.Já receberam a primeira dose de vermífugo e serão vacinados com a vacina décupla como também a mãe.Ela já será castrada nesta segunda-feira dia o5/06 e já foi adotada com mais um filhote.outros dois também já têm bons adotantes.Só faltará um . Acompanharemos o pós-adoção de todos para verificarmos se estará tudo bem com eles.

Todo esse trabalho tem custos e tiramos do próprio bolso por isso deve ser um trabalho compartilhado e contamos com a sensibilização de todos que vivenciam tais resgates.

Graça Leal


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