Boa tarde a todos...
Sobre o caso do cão que estava sem comida e preso, fui verificar os fatos e descobri que o cão não estava passando fome porque a senhora queria e sim porque ela estava sem dinheiro pra comprar ração, e ele e os outros cães estavam vivendo de angu.
Na hora do almoço, fomos eu e essa colega ver a situação de perto, saber o que estava acontecendo de verdade, foi quando conhecemos a Dona Fausta, que nos atendeu de coração aberto, e que é dona do Sultão (cão grande vira lata que estava preso), o Layo (vira lata) e mais 2 pinschers fêmeas.
Vimos de perto a situação e a história de vida dela:
- Perdeu o marido há 2 anos,
- Um dos filhos há mais ou menos um ano, de enfarto fulminante dentro de casa enquanto ela dava banho no outro filho que era aleijado,
- E perdeu há 4 meses este outro filho aleijado (ficou aleijado porque tentou suicídio pulando de cima de um viaduto que tem lá perto da empresa e ficou assim), ele levou 20 dias para falecer após a descoberta de um câncer na cabeça.
Desde então, a Dona Fausta vem sofrendo muito, pois o filho Geraldo, era quem ajudava a pagar as contas, ela só recebe um salário de pensão do marido e desde que Geraldo faleceu, acumularam as contas e ela acabou fazendo um empréstimo para pagá-las e por ter que pagar o empréstimo todo mês (empréstimo esse que ela nem sabe quando terminará de pagar, ela é muito humilde tadinha), sobrando para ela, apenas R$20,00 para comer.
Ela tentou de todas as formas receber uma pensão do filho que era aleijado e a pensão dele era vitalícia mas ela não conseguiu.
Dona Fausta toma 6 remédios diferentes por dia e quando não tem na farmácia do SUS, ela tem de comprar e como ela não tem dinheiro pra nada, fica sem tomar.
Ela tem depressão, dá pra ver visivelmente, também com uma história dessa...
Ela abriu a geladeira e os armários para que eu e a minha amiga pudéssemos ver que era verdade o que ela nos falava... Gente... só tinha um vidro de água na geladeira!
Uma outra moça lá da empresa já havia dado a ela uma vez, uma cesta básica.
Perguntamos sobre os cães, ela disse que os ama e que o Sultão (o grandão) derrubou ela no chão enquanto ela tentava desembolar a corrente dele que estava agarrada em uns ferros... e como ela é de mais idade e magrinha, ela caiu e ele enrolou a corrente nas pernas dela e bateu as patas no braço dela, machucando-a. Os vizinhos a levaram ao hospital, mas não foi nada grave, ela se machucou muito porque sua pele é fina, por causa da idade e que por isso ela disse que não gostava dele e que ele iria morrer de fome, mas falou no momento de raiva.
Perguntei ao vizinho se ela tinha mesmo falado isso e ele disse que foi por causa da raiva mesmo, mas que ela seria incapaz de fazer qualquer coisa com algum deles, porque ela até deixa de comer pra comprar algo pra eles comerem, que até a mãe e a irmã dela reclamam disso com ela.
Perguntamos a ela se ela os doaria, ou nos doaria pelo menos o Sultão, mas ela disse que não,porque tanto o Sultão quanto os outros cães, são completamente dóceis e que eles são os companheiros dela, que se não fosse pela alegria que eles dão a ela, ela já tinha morrido também.
Ela deixa o Sultão preso porque tem medo que ele vá pra rua e possa morder as pessoas. Disse que ele não faz nada, mas que põe medo.
Ela tem medo de ficar sozinha em casa e o Sultão é a segurança dela. A corrente em que o Sultão fica preso, corre por todo o quintal.
Durante todo esse tempo ela vem vivendo de doações... e quando não tem ração pra dar pros cães, ela dá Angu, porque o fubá é mais barato e sustenta mais eles, já que eles estão com fome e a ração que ela compraria, o pouquinho que seja, não daria nem pro Sultão que é o maior.
Perguntamos se poderíamos pedir ajuda pra ela, porque não temos muita condição de ajudar também, mas que juntando um pouquinho de cada um, talvez conseguiríamos ajudá-la nesse primeiro momento e ela disse que aceita qualquer tipo de doação e que principalmente ela precisa de roupas porque as delas estão rasgadas.
Eu e a Adriana que é a moça que foi lá comigo conhecer a situação, compramos um saco de ração pros cães e estamos fazendo campanha entre conhecidos para poder conseguir mantimentos, roupas, sapatos, rações pra ela.
Amanhã vou postar aqui as fotos dela, da casa dela e dos cães. Ela me autorizou fotografar pela Leka que ligou pra ela e conversou bastante.
Essa é a história da Dona Fausta...
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Quem puder e quiser ajudá-la, estarei disponibilizando a minha casa que fica em Contagem, para o recebimento das doações (roupas, sapatos, mantimentos, frutas, rações e outros).
Depois a Leka vai me ajudar a colocar pontos estratégicos para recebermos as doações mais facilmente.
Caso queiram ajudar, me retornem este email por favor e combinamos tudo.
Tenho o telefone da casa da Dona Fausta, caso queiram marcar com ela uma visita e para averiguar a veracidade dessas informações que escrevi neste email, é só me pedir. É até melhor, que verão com os seus próprios olhos a vida da Dona Fausta.
Muito obrigada pela atenção de todos...
Fabrícia Guerra fagcarvalho@yahoo.com.br
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Parabéns ao trabalho da Fabrícia e suas parceiras,
Lidamos diuturnamente com histórias assim e procuramos ajudar não só os animais como também, seus donos.
D. Fausta me autorizou a colocar sua história e seu endereço, neste BLOG, p/ quem puder ajudá-la, inclusive advogados que queiram conseguir que ela continue a receber a aposentadoria que era vitalícia p/seu filho e que com sua morte, ela parou de receber.
D. Fausta Rua Gardênia, 141-B. Campina Verde-Chácara Boa Vista
Contagem-Referência-Firma Metal Forte na beira da BR-fone: 3396 9385
Obrigada, antecipadamente
Graça Leal
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